segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O BRASIL PODE SER CONSIDERADO UM ESTADO LAICO?

A religião permeia o ambiente humano desde os primórdios da humanidade. Com o advento do Estado a religião além de influenciar a vida das pessoas passou a atuar nas decisões das nações.

Essa influência teve díspares amplitudes dependendo da época, podendo a religião se enlear com o próprio Estado (como no Império Romano), se sobrepor ao poder civil (como ocorreu na Idade Média), mover grande controle (assim como aconteceu na Época Moderna) e influenciar indireta ou até diretamente o poder civil (como incide na atualidade).

Deste modo, pode-se identificar a sua ingerência na atualidade em distintos momentos, na Segunda Guerra Mundial, no combate ao socialismo, na imposição de regimes ditatoriais, na democratização de nações, entre outros.

No Brasil, verifica-se sua intervenção nas Ligas Camponesas, no processo de redemocratização, no Movimento dos Sem Terra e nas atuações políticas dos padres e bispos protestantes eleitos.

A incursão da religião no cenário político se caracteriza um problema á medida que
intervêm na consecução de políticas públicas, que por sua vez reclama LAICIDADE lesando um dos pontos que é a pedra de toque da modernidade, isto é a secularização assentada na separação estado e Igreja. A religião tomada na discussão política provoca problemas generalizados, que aliados as problemáticas sociais, tais como legalização das drogas, a descriminalização do aborto, á união civil de homossexuais, a utilização de células embrionárias em pesquisas científicas, acabam engessadas pela postura intransigente e corporativa aliada a uma moralidade cristã estrita, por parte de deputados e senadores evangélicos (pentecostais), conforme se comprova as intervenções contrárias nas votações em torno dos temas levantados.

O sistema político brasileiro oferece condições para que diferentes grupos façam suas incursões na administração pública, assim numa relação religião-política partidária igrejas como Assembléia de Deus e Igreja Universal do Reino de Deus possuem importante representação no cenário político, uma vez que sua participação não se limita ao poder legislativo, mas percorre outras raias do poder.

Confira vídeo TV Globo: Imparcialidade no Estado Laico




Juntas, Assembléia de Deus e Igreja Universal do Reino de Deus são as igrejas com
maior pleito eleitoral lançando candidaturas próprias, no caso da IURD, essa não mede esforços para eleger seus candidatos, nem tenta, como o fazem outras igrejas pentecostais, escamotear, por meio de subterfúgios vários, tal propósito dos fiéis. Como não se ressente do peso da tradição sectária e apolítica do pentecostalismo, seus líderes não necessitam dar maiores explicações para justificar sua participação no jogo político-partidário. Assim seu interesse pela política, como se pode observar não é desinteressado nem nobre. Busca conciliar interesses bem como: conquista de poder e atendimento dos interesses corporativos da denominação e das causas evangélicas. De modo que, quando tentam justificar seus mandatos, políticos pentecostais de todas às matizes apontam feitos como a defesa de privilégios fiscais para s igrejas, o combate a virtuais penalidades pela desobediência de leis restritivas à poluição sonora, e no plano municipal, às relativas aos códigos de edificações. Além disso, tal como os parlamentares afinados com a moral da Igreja Católica, os políticos pentecostais costumam içar e brandir velhas bandeiras moralistas, causas do agrado de suas bases eleitorais, como a censura nos meios midiáticos e a oposição a legalização do aborto, á pornografia, à união civil de homossexuais, à descriminalização da maconha, entre outros entraves ao mundo moderno e sem preconceito.

O LAICISMO é uma doutrinafilosófica que defende e promove a separação do Estado das igrejas e comunidades religiosas, assim como a neutralidade do Estado em matéria religiosa.

Os valores primaciais do laicismo são a liberdade de consciência, a igualdade entre cidadãos em matéria religiosa, e a origem humana e democraticamente estabelecida das leis do Estado.

Esta corrente surge a partir dos abusos que foram cometidos pela intromissão de correntes religiosas na política das nações e nas Universidades pós-medievais. A afirmação de Max Weber de que "Deus é um tipo ideal criado pelo próprio homem", demonstra a ânsia por deixar de lado a forte influência religiosa percebida na Idade Média, em busca do fortalecimento de um Estado laico. O laicismo teve seu auge no fim do século XIX e no início do século XX.

A palavra laico é um adjetivo que significa uma atitude crítica e separadora da interferência da religião organizada na vida pública das sociedades contemporâneas. Politicamente podemos dividir os países em duas categorias, os laicos e não laicos, em que nos países politicamente laicos a religião não interfere diretamente na política, como é o caso dos países ocidentais em geral. Países não laicos são teocráticos, e a religião tem papel ativo na política e até mesmo constituição, como é o caso do Irã e do Vaticano, entre outros.

Esta visão política está relacionada à LAICIDADE E LAICISMO e ao secularismo.

Confira vídeo TV Globo: Religião e Poderes Públicos




ENSINO LAICO é um tipo de educação elementar que se caracteriza por ser um ensino desvinculado da educação religiosa.Sem religião.

Neste caso a educação é da responsabilidade do Estado, e não mais da Igreja. No Brasil, teve início após a expulsão dos jesuítas no período pombalino, sobre influência do Iluminismo na Europa.

O Brasil é um país que possui uma rica diversidade religiosa. Em função da miscigenação cultural, fruto dos vários processos imigratórios, encontramos em nosso país diversas religiões (cristã, islâmica, afro-brasileira, judaíca, etc). Por possuir um Estado Laico, o Brasil apresenta liberdade de culto religioso e também a separação entre Estado e Igreja.

Principais religiões e crenças no Brasil e seus seguidores:
(Fonte: IBGE - censo Demográfico de 2000.)


Religião ou Crença e Nº de seguidores no Brasil

* Igreja Católica Apostólica Romana - 124.980.132
* Igreja Católica Ortodoxa - 38.060
* Igreja Batista - 3.162.691
* Igreja Luterana - 1.062.145
* Igreja Presbiteriana - 981.064
* Igreja Metodista - 340.963
* Assembléia de Deus - 8.418.140
* Congregação Cristã do Brasil- 2.489.113
* Igreja Universal do Reino de Deus- 2.101.887
* Igreja do Evangelho Quadrangular - 1.318.805
* Igreja Deus é Amor - 774.830
* Outros Penteconstais / Neopentecostais - 2.514.532
* Igreja Adventista do Sétimo Dia - 1.209.842
* Testemunhas de Jeová - 1.104.886
* Mórmons - 199.645
* Espiritismo - 2.262.401
* Umbanda - 397.431
* Budismo - 214.873
* Candomblé - 127.582
* Igreja Messiânica - 109.310
* Judaísmo - 86.825
* Tradições esotéricas - 58.445
* Islamismo - 27.239
* Crenças Indígenas - 17.088
* Orientais (bahaísmo, harekrishna, hinduísmo,
taoísmo, xintoísmo, seicho-no-iê) - 52.507
* Outras religiões - 41.373
* Sem declaração / não determinadas - 741.601
* Sem religião - 12.492.403

Confira vídeo TV Globo: Imparcialidade religiosa e Poderes Públicos



Infelizmente, a presença de políticos evangélicos além de impedir o voto de leis modernas que o País e seu povo necessitam, ainda colaboram com a corrupção endêmica do Brasil. Lembram da máfia dos Sanguessuga? Onde nossos queridos representantes do congresso compravam ambulâncias superfaturadas da PLANAN e ficavam com o restante do dinheiro. Então, dos 54 deputados envolvidos na máfia do sanguesuga 50% deles são evangélicos e mais de 85% são cristãos. Logo vem uma dúvida na minha cabeça, será que desviar dinheiro público é seguir os passos de Cristo?

Vemos muitos pastores/lideres preocupados em levantar homens na politica para "defenderem os interesses da igreja". Hoje vemos também muitos pastores e lideres de vários igrejas usando sua popularidade para entrar na politica. Eles alegam que a motivação para se candidatarem é a defesa da igreja de Deus, porém, Na verdade, a política é o meio pelo qual eles buscam defender os seus próprios interesses e camuflar as suas injustiças morais e sociais.

E o resultado de tudo isso é que são eleitos vereadores e deputados que não tem compromisso com a população e sim com o pastor e a sua igreja.

Os Cristãos devem votar como cidadãos brasileiros, para defender interesses públicos, humanos e nacionais e não interesses espirituais. Interesses espirituais se conquistam com o joelho no chão e a cara no pó. O ato de votar é cívico e social e não espiritual, é pessoal e intransferível, deve buscar mais o interesse coletivo (da nação) do que partidário e/ou individual.

Confira vídeo TV Globo: Educação Religiosa na Escola



Leia abaixo uma entrevista interessante com a Dra. Maria das Dores Campos Machado:

VOTO SOB O CONTROLE DA FÉ (Entrevista concedida à jornalista Carla Rodrigues)


Doutora em Sociologia, a professora Maria das Dores Campos Machado acaba de lançar pela Fundação Getúlio Vargas o livro “Política e religião – a participação dos evangélicos nas eleições”, no qual ela mergulha no universo dos pentecostais para entender seus interesses pela política, suas motivações e seus principais objetivos, entre os quais está intervir diretamente nas leis que regulam a vida privada e dizem respeito ao casamento, à família e à sexualidade. No trabalho, ela mostra como a identidade religiosa tem prevalecido sobre a política, explica quais são os perigos e os benefícios do avanço dos pentecostais na vida pública e afirma que, como parte das igrejas pentecostais um movimento de politização e valorização do voto, são eles que controlam a decisão eleitoral de seus fiéis. No entanto, esse tem sido o principal caminho para que as camadas mais pobres aprendam o valor do voto. “Existe aí uma ampliação da democracia”, afirma ela nessa entrevista.


Os evangélicos na política são um avanço ou um retrocesso?

Os evangélicos estão na política como cidadãos desde sempre, estão participando não é de agora. A grande novidade é o fato de que agora existem atores coletivos e igrejas que participam, não só indicando candidaturas, mas participam do jogo de alianças e das campanhas políticas. É aí que os evangélicos têm peso muito grande no que se refere à capacidade de influenciar principalmente os eleitores de baixo nível de escolaridade. A experiência democrática e liberal e o regime republicano estimulam o uso da identidade partidária. Por isso, o que se espera dos atores políticos é que eles enfatizem a sua identidade partidária e que tenham maior preocupação com a ideologia do programa, com as idéias do programa, e com o conteúdo do programa. Mas o que se percebe nas últimas é que a identidade religiosa ganha peso muito maior que a identidade partidária. Isso é um problema, em primeiro lugar, porque enfraquece os partidos políticos, que são instituições muito importantes para a democracia. Uma preocupação que se tem com o uso da identidade religiosa é que se esvazie a instituição dos partidos, que já é muito incipiente na cultura política brasileira. Isso não é só uma característica dos evangélicos. A mobilidade partidária, o trânsito inter-partidos é muito grande no Brasil. Também é importante considerar a heterogeneidade dos evangélicos. O número de atores políticos evangélicos tem crescido muito mais entre pentecostais e neopentecostais.

Quais são as principais características políticas desses pentecostais e neopentecostais?

Em termos políticos, eles não têm um histórico de participação em movimentos sociais. Outra característica forte é que eles vêm de setores mais pobres da população e estão em um movimento de ascensão social. Normalmente são filhos de famílias pobres que conseguem ascensão social para uma classe média e isso passa pelo engajamento religioso. Se por um lado as comunidades eclesiais de base da igreja católica nos anos 1970 e nos anos 1980 foram espaços privilegiados de formação de liderança política da camada popular, hoje temos uma formação de liderança política feita pelas comunidades pentecostais e neopentecostais. O que se pode discutir é o caráter dessa politização e a natureza, vamos dizer assim, ideológica dessa politização. O tipo de proposta das CEBs e o tipo de proposta e o tipo de visão política ou de projeto político que essas igrejas têm é bastante diferente.


Confira vídeo TV Globo: Justiça controlada pela religião




No entanto, a participação da Igreja Católica na política não se dá apenas através das comunidades de base. Nos jornais dessa semana, o arcebispo do Rio de Janeiro foi notificado pelo TRE numa questão bastante polêmica, porque a justiça eleitoral solicita que a arquidiocese não participe da campanha eleitoral ?

Claro, há uma enorme diferença, porque o Movimento de Renovação Carismática Católica ou o Movimento Pró-Vida são movimentos extremamente conservadores e com representantes no Parlamento. A igreja católica, ela sempre esteve na política.

Exatamente porque a Igreja Católica sempre esteve na política é que a minha primeira pergunta sobre os evangélicos na política como sinal de retrocesso ou avanço. Há quem defenda que é um avanço na medida em que pulveriza, em que a política deixa de ser monopólio da religião católica. A senhora concorda?

Veja bem, é um avanço no sentido de você está abrindo o cenário político para outros atores. E há um outro elemento importante. Hoje em dia, as igrejas pentecostais constituem espaços de discussão da importância do voto. Isso tem um significado importante porque socializa politicamente setores segregados da população e que estão aprendendo o valor do voto. Agora, podemos também questionar o fato de que como essa população só discute o voto dentro desse espaço...

O que permite que o voto fique diretamente vinculado à escolha política do pastor ?

O voto fica circunscrito àquelas informações recebidas. Por um lado, a participação dos evangélicos, significa a entrada de novos atores na política brasileira. Então existe aí uma ampliação da democracia. Agora, há também uma ambivalência, que é o fato de que esses atores estarem entrando na política com um nível de informação muito baixo. E como nem o Estado, nem os movimentos sociais, nem o sindicato, nem o movimento feminista, nem os movimentos de associação de bairros têm acesso a esse público ou estão agindo junto a esses segmentos populares, esse debate fica circunscrito às informações transmitidas pelos pastores. Se por um lado a entrada dos evangélicos reforça a democracia, por outro também traz o risco e o vício do voto clientelista, que não é só um voto pentecostal e neopentecostal, mas que também está relacionado com a pobreza, com a falta de informação e com o nível de instrução baixo dessas pessoas.

Os pentecostais são os que mais conseguem transferir influência religiosa pra política? Por que?

Mesmo entre os pentecostais existem igrejas com capacidades diferenciadas de influenciar os seus eleitores. Entre os pentecostais de uma forma geral, o que se observa, principalmente aqui no Rio de Janeiro, é que a Igreja Universal do Reino de Deus tem uma grande capacidade de influenciar seus eleitores. Isso decorre do fato de que a Igreja Universal é centralizada, articula e coordena todas as suas atividades e tem um discurso único que é aceito do Oiapoque ao Chuí. Diferentemente, por exemplo, da Assembléia de Deus, que tem cisões internas e um governo mais localizado, o governo da comunidade é em cada igreja e segue a vontade do pastor local. Na Universal não tem isso porque o pastor local repete a orientação que sai de cima. O controle do que os diferentes pastores nos diferentes templos estão fazendo é muito maior. Além disso, eles têm o controle da mídia eletrônica, da mídia impressa. A Universal é uma igreja de uma ousadia muito grande, ela está sempre na ponta da lança dos movimentos do mundo pentecostal, ela inova e tem grande capacidade de absorver tendências dos movimentos sociais. Ainda no início dos anos 1990 eles já estavam lançando candidaturas femininas. Nas eleições de 2000 e de 2002, eles tiveram a preocupação de lançar candidatos para minoria negra e para minoria feminina. Quando falo de ousadia é no sentido de afirmar que a igreja tem uma capacidade de absorver não só a lógica partidária, mas também as bandeiras e os temas dos movimentos sociais.

Ao mesmo tempo, há uma crítica sobre a Igreja Universal só conseguir voto entre seus próprios fiéis porque eles não têm um trânsito inter-religioso. É verdade?

Depende do nível dos candidatos. Em 2000, por exemplo, os números diziam que a Igreja Universal tinha 300 mil fiéis no Rio de Janeiro e, no entanto, Marcelo Crivela teve 1 milhão e 700 votos. Ou seja, teve três vezes mais votos do que os fiéis da Universal. Se for verdade esse percentual de intenção de voto nele nas atuais pesquisas, ele está acima da Universal. Isso depende muito do candidato, depende muito de quem é o representante da Universal. Para determinados cargos, a vinculação religiosa ou a identidade religiosa funciona muito mais aumentando a rejeição do que ampliando os votos e a Universal já sabe disso. Depois das eleições de 2002 eles começaram a rever suas estratégias e decidiram que o futuro político dos representantes da comunidade religiosa deveria ser através do engajamento em ações sociais. Ou seja, a aposta é maior no assistencialismo do que na identidade religiosa. Esse ano, por exemplo, os membros da Universal têm evitado apresentar o cargo eclesiástico nos programas eleitorais gratuitos. Esse é um capital político e simbólico fortíssimo que os pastores usam para mostrar não só o pertencimento com a comunidade religiosa, mas autoridade e poder.

Os universais são os que mais roubam fiéis da Igreja Católica? A igreja católica vem perdendo fiéis nos últimos 20 anos, todas as estatísticas todas mostram isso, sobretudo no Rio de Janeiro.

A competição principal deles é com a católica, mas a Universal também competem com a afro-brasileira, tiram fiéis das afro-brasileiras. E existe uma competição também inter-denominacional, entre os próprios evangélicos. Por exemplo, o Silas Malafaia, uma das lideranças mais importantes da Assembléia de Deus no Rio de Janeiro, está apoiando o Sérgio Cabral. Existe uma competição religiosa que também se apresenta no plano da política. Muitas vezes o senso comum tende a pensar os evangélicos como se fossem um coletivo homogêneo, um bloco único, e não é.

Confira vídeo da TV Globo: Evangélicos



No livro, a senhora situa o início da entrada dos pentecostais na política em 1988. Já são quase 20 anos, na Assembléia Nacional Constituinte. O que explica o interesse deles pelo Congresso?

Em primeiro lugar, eles têm uma preocupação muito grande com a questão dos costumes e da moral. Por isso, têm interesse em participar do debate público no que se refere às leis relacionadas não só à família, mas também relacionadas à questão do casamento e à sexualidade. Existe um interesse em participar da elaboração das leis, da votação das leis e da normatização da vida da população brasileira. Por outro lado, não se pode esquecer que o Congresso Nacional é o espaço no qual são discutidas e concedidas as licenças do uso dos meios de comunicação. A televisão e o rádio são espaços importantes para qualquer grupo que queira ampliar sua capacidade de influência na esfera pública. E, por fim, eles querem participar das parcerias com as agências governamentais, principalmente no campo da ação social.

Essas parcerias reforçam o trabalho assistencialista?

Desde a posse de Lula, existe uma ação dos bastidores para dar aos universais lugares nos conselhos, como o de segurança alimentar, por exemplo, para dar a eles espaços privilegiados nos quais possam reivindicar tratamento mais eqüitativo frente à igreja católica, que historicamente sempre participou da ação social no Brasil. Não só ela como dos espíritas. Então esse é também um deslocamento, uma certa novidade no campo religioso brasileiro. A preocupação com trabalho social começou a ganhar mais visibilidade a partir dos anos 1990. Nessa época a Universal criou a Ação Beneficente Cristã, a ABC, e a Assembléia de Deus criou uma área de assistência social para agir nacionalmente.

No livro, a senhora afirma que as mulheres são maioria entre os fiéis da Universal do Reino de Deus e que há um aumento do interesse delas pela política. É uma campanha específica para conquista do eleitorado feminino?

Na medida em que elas são maioria no templo, e que está sendo feito um trabalho de politização no templo, quem está mais sujeito a isso são as mulheres. É um discurso feito no templo e como são elas que estão lá, constituindo esse público ouvinte, acabam sendo elas também que estão mais sensibilizadas para a importância do voto. Os universais têm a clara consciência da face feminina das igrejas. No entanto, não acredito que eles ignorem o fato de que estão politizando mulheres. Isso tem a ver inclusive com o lançamento de candidaturas femininas, com as quais eles querem justamente atingir as mulheres que estão dentro dos seus templos.

A senhora é autora de um estudo específico sobre os costumes e os valores dos Universais serem mais arrojados ou menos conservadores, principalmente em relação às mulheres, do que os da igreja católica. Isso ainda é assim?

Até pelo fato de estar competindo com a Igreja Católica, a Igreja Universal do Reino de Deus tem uma posição de atacar, por exemplo, a política natalista da Igreja Católica. Eles defendem a contracepção, estimulam a vasectomia, a camisinha. Os valores defendidos pela hierarquia religiosa estão muito mais próximos do desejo da mulher das camadas populares. Quando a Universal defende a vasectomia, por exemplo, está tendo uma posição mais interessante e de certa forma diminuindo o ônus em cima do corpo da mulher. É nesse sentido que a Universal tem valores mais interessantes para os segmentos femininos de baixa renda do que a Igreja Católica. No ano passado, o bispo Marcelo Crivela apresentou no Senado uma proposta de lei para regulamentar o aborto em caso de anencefalia. Ele está jogando na frente da Igreja Católica. Da mesma forma, a Universal em bloco votou com o Planalto a favor do uso de células-tronco em pesquisas. Isso foi uma orientação do Conselho de Bispos. É uma postura mais afinada com os valores atuais, contemporâneos, do que a da Igreja Católica.

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terça-feira, 11 de outubro de 2011

IDOSOS BRASILEIROS SÃO OBRIGADOS A PERMANECER NA ATIVA

Não faz muito tempo que o pensamento dominante na sociedade moderna traduzia a terceira idade como o tempo do pós-trabalho, da aposentadoria e se dedicar à família. Esse “status quo”, porém, só era possível com a ajuda dos filhos, com uma poupança formada ao longo dos anos (em dinheiro ou imóveis), ou com o recebimento de benefícios da aposentadoria que davam conta das despesas.

Hoje, a situação é diferente: muitos filhos desempregados não podem ajudar os pais, o trabalhador não consegue acumular economias durante a sua vida economicamente ativa devido ao achatamento de salários e do alto custo de vida,assim quando se aposenta não alcança a sua autonomia financeira com os benefícios que recebe. Portanto, o trabalhador idoso brasileiro se aposenta, mas continua trabalhando, formal ou informalmente, por uma questão de sobrevivência. Mas será que ele consegue emprego no Brasil?

Existe um consenso de que o avanço da tecnologia gera a expansão de alguns postos de trabalho, mas extingue muitos outros. Isso ocorre em função da racionalização dos processos e da reestruturação das organizações, propiciadas por processos tecnológicos considerados vitais para a manutenção da produtividade e da competitividade das empresas no mercado.

Qualquer indivíduo que esteja fora do mercado de trabalho é considerado "marginal", ou seja, ele também está “fora da sociedade”. No caso do idoso que precisa do trabalho para suprir necessidades básicas (alimentação balanceada, convênio médico, remédios e outros), a situação fica ainda mais crítica.

Em diversos locais do Brasil: Passeio Público em Curitiba, Praça da Sé e Parque da Luz em São Paulo, Praça da Rodoviária em Belo Horizonte, entre outros de grandes capitais, idosas labutam na prostituição para sobreviver, tendo em vista que a sua renda, após a aposentadoria, diminui e as despesas aumentam. Nesse sentido, “melhor trabalhar do que pedir dinheiro para outras pessoas, já que a aposentadoria não vale nada...”, sem mencionar as que nunca se aposentaram por não se adequar aos critérios exigidos da previdência social do Brasil.

Confira vídeo do documentário:” 69 - Praça da Luz” das
Diretoras Carolina Markowicz, e Joana Galvão
Sinopse: Prostitutas de idade avançada ganham a vida na Praça da Luz, em São Paulo. Relatos inusitados e surpreendentes de cinco mulheres que revelam em detalhes suas experiências em todos esses anos de profissão
.




O papel profissional pode ser lugar de prestígio, criatividade ou fonte de poder para uns e lugar de fracasso, de impotência, de auto-desvalorização, e de alienação para outros. Sendo assim, a influência do trabalho sobre a identidade do indivíduo é marcada pelo lugar que esse mesmo indivíduo ocupa no sistema de produção. Em contrapartida, esse lugar determina, de certo modo, a acumulação de recursos materiais que determinam, por sua vez, a relação do sujeito com o seu tempo livre ou o acesso do sujeito às opções de lazer.

Existem idosos em todas as camadas sociais, no Brasil e no mundo, e cada um vive a sua velhice de forma diferenciada. Muitos ainda sofrem com as mazelas das desigualdades sociais (preconceito, violência, pobreza, exclusão social), enquanto outros desfrutam de uma velhice preenchida com afazeres que se renovam constantemente. Estes últimos não têm tempo para envelhecer.

Depreende-se, então, que o grande desafio a ser transposto pela sociedade pós-moderna é a barreira cultural que incapacita o ser humano vivido e velho para o trabalho, para o prazer, para a vida, e rotula a idosidade como o período negro da existência humana. A velhice deveria ser pensada como uma etapa natural do ciclo biológico de todos os seres vivos, animais racionais e irracionais, que nascem, crescem, amadurecem, envelhecem e morrem. Afinal, nossas células começam a envelhecer, e a se renovar, no instante em que nascemos. Por que, então, segregar o idoso do cotidiano da sociedade pós-moderna?

Fontes: http://www.portaldoenvelhecimento.org.br/artigos/artigo560.htm

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domingo, 9 de outubro de 2011

SAL EM EXCESSO FAZ MAL A SAÚDE

Não tenho o costume de usar muito sal na comida que consumo, talvez porque o meu avô já idoso e adoentado tenha morado conosco durante a minha infância e adolescência, obrigando assim a minha mãe a utilizar sempre pouquíssimo sal no tempero dos nossos alimentos. Levei esse saudável hábito para o resto da minha vida.

Recentemente, ao servir um prato de sopa para uma velha amiga em casa, perguntei se ela gostaria de mais uma pitada de sal na comida e qual não foi a minha surpresa ao perceber que ela jogou no alimento a quantidade de sal que eu não uso nem para salgar toda a panela. Fiquei em estado de choque com o uso inadequado do sal por parte de uma professora de biologia, que teoricamente deveria ser esclarecida o suficiente para saber o quanto esse excesso faz mal a saúde.

SAL EM EXCESSO PODE RESULTAR EM HIPERTENSÃO, ENTRE OUTROS MALES:

Imagine suas artérias e seus delicados e ramificados vasos capilares tornando-se mais estreitos e rígidos - uma consequência dos sedentarismo, do estresse, do excesso de peso e da alimentação rica em gorduras e açúcar.

Por dentro, sem ser visto nem sentido, seu sangue move-se como um rio que se espreme em um desfiladeiro pedregoso, batendo com tanto vigor contra as paredes das artérias, podendo danificá-las ou enfraquecê-las.

Tal pressão pode romper os vasos do cérebro (causando um AVC) ou do abdome (aneurisma abdominal).

Ela pode, também, provocar a dilatação e o enfraquecimento do coração. Não é a toa que a hipertensão é uma das culpadas diretas pela aterosclerose nas artérias coronárias, estágio anterior ao ataque cardíaco.

Para todos os cardiologistas a pressão alta é vista como o mais importante de todos os fatores de risco cardiovascular e, por não apresentar sintomas na fase inicial, pode ser considerada como uma "assassina silenciosa".

Os critérios médicos definem a hipertensão quando o paciente apresenta pressão arterial acima dos 140 por 90 mmHg. "Na verdade, qualquer resultado acima de 120 por 80 mmHg ou 12x8, como é popularmente conhecida a medida, já requer mais cuidados", alerta o especialista.

Confira vídeo do Jornal da Record: O brasileiro consome mais que o triplo de sal do que o recomendado por dia e o excesso do consumo ajuda a causar problemas cardíacos, cerebrais e também insuficiência renal, doenças que são responsáveis por 300 mil mortes por ano no país. A campanha nacional visa prevenir a hipertensão com a diminuição da ingestão de sal, tanto o usado para temperar comida, quanto o encontrado em produtos prontos.



CENÁRIO PREOCUPANTE NO BRASIL

No Brasil, um estudo conduzido em 2008, com médicos de todas as regiões, investigou 2.810 pessoas em tratamento da hipertensão arterial, buscando avaliar o controle da doença.

O trabalho Controlar Brasil, liderado por Fernando Nobre, presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), contou com a participação de mais de 300 médicos.
Na análise total, independentemente da condição a que se enquadravam os pacientes, 53,3% deles apresentava-se com pressão arterial maior que 140 x 90 mm Hg, bem acima do valor tolerado. Para pacientes de alto risco, o controle da doença não passa dos 35%.

Conclui-se, portanto, que mais de 45% deles não estavam com a pressão adequadamente controlada. O estudo dividiu os indivíduos avaliados em quatro grupos pré-definidos de risco crescente.

O controle da pressão arterial segundo em cada grupo foi, respectivamente: Grupo A = 61,7%; Grupo B = 42,5%; Grupo C = 41,8% e Grupo D = 32,4 %. Os índices mostram um cenário ainda mais grave, pois os pacientes de maior risco e que, portanto, necessitam de controle mais intenso eram exatamente os que menos apresentavam a pressão arterial controlada.

SINTOMAS SILENCIOSOS

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 35% da população brasileira acima de 40 anos sofre de hipertensão.

Índice que representa em torno de 17 milhões de portadores da doença. Por isso, é necessário aferir a pressão frequentemente, já que não detectar ou não tratar a pressão alta aumenta muito o risco de morte.

Os cardiologistas explicam que, geralmente, a hipertensão arterial é uma doença que não apresenta sintomas alarmantes, e é justamente isso que a torna perigosa e nociva. Com efeito, muitas pessoas ignoram que sofrem de hipertensão.

Em muitos casos, o aumento da pressão arterial não se enquadra nos critérios de crise hipertensiva e não necessita de internação.

Outras vezes, entretanto, pode ser necessário atendimento imediato e hospitalização.
"As elevações ocasionais da pressão podem ocorrer com exercícios físicos, nervosismo, preocupações, drogas, alimentos, fumo, álcool e café", esclarece o especialista.

DETERMINAÇÃO

Pessoas com histórico familiar, doenças cardiovasculares, fumantes, obesos e com colesterol alto estão entre os principais grupos de risco da doença. É importante cuidar da qualidade de vida, pois fatores como estresse e má alimentação (principalmente, o excesso de sal) contribuem muito para o aumento da pressão arterial ou desencadeamento de uma crise hipertensiva. É necessário buscar atendimento médico imediatamente para avaliação do quadro e diagnóstico.

Alguma boas dicas sobre como diminuir o consumo de sal. São elas: retirar o saleiro da mesa, controlar o uso do sal no cozimento, preferir sempre alimentos frescos, evitar os temperos, sopas prontas, embutidos, conservas salgadas, salgadinhos e queijos gordos. "Não esqueça também de sempre ler os rótulos dos alimentos e escolher as versões com pouco sódio", completando.

Para o tratamento da hipertensão é necessário muito esforço e determinação dos pacientes. Apesar de não ter cura, com um controle e seguindo as orientações médicas é possível ter uma boa qualidade de vida. Segundo diversos cardiologistas, é fundamental seguir alguns cuidados.

"O hipertenso deve diminuir ou abandonar o consumo de bebidas alcoólicas, combater o sobrepeso, incluir atividade física em sua rotina, não fumar, controlar o estresse, e principalmente, verificar a pressão arterial regularmente", ressaltam.

O INIMIGO É O SAL

Um primeiro passo antes do uso de medicação é reduzir a quantidade de sal na comida, pois o sal retém água no corpo, mas somente algumas pessoas com hipertensão são extremamente sensíveis a ele, portanto esse procedimento não corrige totalmente o problema.

O sal pode ser "enxotado" das paredes das artérias - e assim do organismo - com dieta de restrição de sal por muito tempo (alguns anos) ou com o uso regular de diuréticos.

Betabloqueadores são associados geralmente aos diuréticos por diminuírem a frequência e a intensidade das contrações cardíacas. Ambas as ações bombeiam menos fluídos por minuto nos vasos.

É muito provável que no decorrer dos anos, a maioria das pessoas com mais de 60 anos recebam a indicação de tomarem, como rotina, uma medicação para pressão - como inibidores ECA ou betabloqueadores, a fim de prevenir danos decorrentes da pressão alta.

CORREM RISCOS:

* Aqueles que abusam do álcool
* Os fumantes
* Os portadores de diabetes
* Quem não mantém uma alimentação saudável
* Quem tem caso de hipertensão na família
* Os gordinhos
* Quem utiliza muito sal na alimentação

PRINCIPAIS SINTOMAS DE UMA CRISE HIPERTENSIVA:

* Sensação de mal-estar ou falta de ar
* Intensa dor de cabeça ou nuca
* Ansiedade ou agitação
* Tontura
* Visão "borrada"
* Dor no peito

Confira vídeo do Jornal Minha Vida TV: O excesso de sódio, concentrado no sal de cozinha, pode causar hipertensão e reter líquidos no corpo. Assista ao vídeo e veja qual é a quantidade recomendada de sal para a saúde. Reportagem de Adriane Zimerer, na web TV Minha Vida.



SAIBA COMO EVITAR A RETENÇÃO DE LIQUIDOS CAUSADA PELO SAL EM EXCESSO, PRINCIPALMENTE:

Barriga estufada, rosto cheinho, seios aumentados, pés inchados. Todos esses são sintomas da retenção de líquido, um problema que afeta muitas mulheres pelo menos uma vez por mês, antes da menstruação. Mas a verdade é que as causas da retenção de líquido vão além da TPM.

É preciso investigar do que se trata antes de se assustar com os dois ou três quilos que podem aparecer num período de poucos dias. Má alimentação, sal em excesso, insuficiência renal, falta de exercícios físicos e até o uso de antinflamatórios e da pílula anticoncepcional podem provocar este desconforto.

Para evitar a retenção de líquido, há uma série de coisas que podem ser feitas. "Prestar atenção na alimentação é fundamental. Se você come poucas hortaliças e frutas, acrescente esses alimentos no seu cardápio. Eles facilitam e prolongam a digestão, melhorando a absorção de minerais que evitam a retenção", afirmam os cardiologistas. "Corte ou diminua a ingestão de líquidos durante as refeições, vai ajudar na digestão e evitar a retenção de líquidos".

RETENÇÃO É COMUM NA TPM

A TPM é um período delicado em que a retenção insiste em aparecer. As mudanças nos hormônios, no metabolismo e no apetite são fatores propícios para o inchaço. "Para diminuir o desconforto, é importante beber muita água para limpar o organismo. Pense numa média de oito copos por dia", dizem os médicos. "Exercício aeróbico também é fundamental porque faz com que você acelere o metabolismo e elimine mais urina. O período pré-menstrual acaba sendo mais guloso. Come-se mais gordura e doces, que aumentam a produção de toxinas. Tente se controlar", completam. Chás que ajudam na digestão e têm efeito diurético são eficientes contra a retenção de líquido. Além disso, a drenagem linfática é muito eficaz.


Confira vídeo do Jornal Minha Vida TV: O corpo inchado e aumento de peso pode ser sinal de retenção de água no organismo. Assista ao vídeo e veja como prevenir. Confira na reportagem de Adriane Zimerer para a TV Minha Vida.



COMO EVITAR O INCHAÇO:

* Beba muita água, pelo menos oito copos por dia. Além de estimular os rins e melhorar a circulação, elimina as toxinas
* Invista em hortaliças e alimentos ricos em água, como chuchu, pepino, melancia, pêra e abacaxi. As folhas facilitam a digestão. Rica em potássio, a água de coco é boa opção. Aipo, berinjela, alho e fibras também são alimentos funcionais que ajudam a prevenir a retenção
* Faça exercícios regularmente
* Diminua o sal nas refeições
* Aposte na drenagem linfática
* Tome chás diuréticos, como os de hortelã e cavalinha
* Evite alimentos que fermentam e provocam gases, como repolho, couve, couve-flor, batata-doce
* Cuidado com as carnes com muito sal, como bacalhau, carne-seca e embutidos.

Fontes : http://www.parana-online.com.br/canal/vida-e-saude/news/444043/?noticia=SAL+EM+EXCESSO+PODE+RESULTAR+EM+HIPERTENSAO

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