segunda-feira, 13 de junho de 2011

ELIS REGINA, SAUDADES DE VOCÊ!

ELIS REGINA, Cantora brasileira, nascida em 17/03/1945, Porto Alegre (RS), morta em 19/1/1982, São Paulo (SP). Eu, além de seu eterno fã, tive o privilégio de assistir a sua estréia nacional cantando “Arrastão” no 1º e mais famoso festival de MPB, da extinta TV Excelsior.

Para muitos, Elis foi a maior cantora brasileira de todos os tempos. Incomparável em técnica e garra, a "Pimentinha", o "Furacão Elis", como era chamada, lançou compositores como João Bosco e Aldir Blanc, Renato Teixeira, Fátima Guedes. A primogênita do casal Romeu Costa e Ercy Carvalho Costa foi a primeira pessoa a inscrever sua voz como instrumento na Ordem dos Músicos.

Em 1956, passou a integrar o elenco fixo do programa, Clube do Guri, da Rádio Farroupilha de Porto Alegre. Em 1959, assinou seu primeiro contrato profissional com a Rádio Gaúcha também de sua cidade natal.



Confira video ELIS REGINA cantando “Atrás da Porta” (de Chico Buarque)




Em 1965, venceu o 1º. Festival Nacional de Música Popular Brasileira (TV Excelsior) com "Arrastão" (Edu Lobo e Vinícius de Morais). Dois dias depois, estreou no Teatro Paramount (SP) o show "Elis, Jair e Jongo Trio", que, gravado ao vivo, se tornou o LP "Dois na Bossa". Com sucesso do disco, ela e Jair Rodrigues estrelaram o histórico programa semanal "O Fino da Bossa".

O programa saiu do ar em junho de 1967, porém, Elis continuou ao lado de Jair Rodrigues nos três programas da série "Frente Única - Noite da MPB" (TV Record). Em dezembro, aos 22 de idade, casou-se com Ronaldo Bôscoli, 16 anos mais velho. Logo, nasceu seu primeiro filho, João Marcelo.



Confira vídeo ELIS REGINA cantando “Alô, Alô Marciano” (de Rita Lee)



O casamento terminou em 1972 e, em 1974, casou-se com o pianista César Camargo Mariano. Viveu em São Paulo, onde nasceram: Pedro, em 1975; e Maria Rita, em 1977. Em 1981, separou-se de César.

Sua carreira internacional ficou mais importante a partir de 1968, quando cantou nas TVs inglesa, holandesa, belga, suíça e sueca. De volta à TV Record, em 1969, fez a série de programas "Elis Studio", dirigida por Miéle e Bôscoli. Em maio, viajou para Londres, onde gravou um LP com o maestro inglês Peter Knight. Em junho, na Suécia, gravou um LP com o gaitista Toots Thielemans.


Confira vídeo ELIS REGINA cantando “Como nossos Pais” (de Belchior)




"Elis & Tom", disco com Tom Jobim, saiu em 1974. Na inauguração do Teatro Bandeirantes (SP), cantou ao lado de Chico Buarque, Maria Bethânia, Tim Maia e Rita Lee. No ano seguinte, lançou "Falso Brilhante", em disco e nos palcos, show que assistido por 280 mil pessoas.

Pela TV Bandeirantes, em 1979, demonstrou a sua intimidade com São Paulo em um programa no qual passeava pela cidade com Adoniran Barbosa e visitava Rita Lee. E participou do Show de Maio, com renda revertida para o fundo de greve dos metalúrgicos de São Paulo, no estúdio da Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, para 5 mil pessoas.

Confira vídeo ELIS REGINA cantando “O Bebado e o equilibrista” (de João Bosco e Aldir Blanc)



Naquele ano, gravou "O Bêbado e a Equilibrista", imediatamente apelidado de "Hino da Anistia". No 13º Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, foi aplaudida por 11 minutos. Para agradecer a platéia, fez uma jam session com Hermeto Pascoal.

Em 1980, o show "Saudade do Brasil" reuniu no palco 24 músicos e bailarinos. No ano seguinte, fez o espetáculo "Trem Azul", com cenário de Elifas Andreato.

Ao lado de Maria Bethânia, foi uma das poucas cantoras que se destacaram nas décadas de 70 e 80 com grandes shows e hipnotizando suas pláteias nos palcos do Brasil.


Confira vídeo do Jornal da Noite da TV Globo: ELIS REGINA continua como referência entre as cantoras brasileiras



Causando grande comoção nacional, faleceu aos 36 anos de idade em 19 de janeiro de 1982, devido a complicações decorrentes de uma overdose de cocaína, e bebida alcoólica.Foi velada no Teatro Bandeirantes, e vestia a camiseta proibida pela ditadura militar no show "Saudade do Brasil": a bandeira brasileira, com seu nome escrito no lugar de "Ordem e Progresso".

Elis é mãe de João Marcelo Bôscoli, filho do seu primeiro casamento com o músico Ronaldo Bôscoli, e de Pedro Camargo Mariano e Maria Rita, filhos de seu segundo marido, o pianista César Camargo Mariano. Todos seus herdeiros trabalham com musica e são reconhecidos como talentosos no panorama musical brasileiro da atualidade. Elis, mãe, deve sentir muito orgulho deles onde estiver.

Fontes: Furacão Elis, de Regina Echeverria (1985), Editora Nórdica e Círculo do Livro

http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_928.html

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Um comentário:

  1. Olá, Beto.
    Obrigada pelo lindo documentário(assim eu o vejo), com vídeos de músicas tão lindas, da cantora que, privilegiados por nossa idade, tivemos a oportunidade de conhecer e acompanhar a carreira.Além de cantar, ela também interpretava as letras, dando alma para as melodias.Quantas saudade de vê-la na televisão, agora, tão carente de bons espetáculos!!
    Abraços.
    Odete.

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