segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

SANTOS COMEMORA 466 ANOS DE FUNDAÇÃO

Se prestei homenagem a cidade que adotei e moro atualmente: SÃO PAULO, também não poderia deixar de homenagear pelo aniversário de 466 anos, a cidade onde nasci, cresci e morei até pouco tempo atrás: SANTOS, a maior cidade do Litoral Paulista, berço de tanta gente ilustre e importante para a história do país.

SANTOS é um município portuário brasileiro localizado no litoral do estado de São Paulo, sede da Região Metropolitana da Baixada Santista. Abriga o maior porto da América Latina,o qual é o principal responsável pela dinâmica econômica da cidade ao lado do turismo, da pesca e do comércio.A cidade é sede do poder executivo paulista em todo dia 13 de junho (capital simbólica de São Paulo) e também é sede de diversas instituições de ensino superior.

Santos possui uma economia crescente. A cidade é a 16ª mais rica do país, com PIB de R$ 24 614 406 080 bilhões. Durante um bom tempo, sua economia centrou-se na comercialização do café (que também era a principal fonte de riqueza do país), abrigando no centro da cidade a Bolsa Oficial do Café, importante centro de negócios do mercado cafeeiro inaugurada em 1922, e que resultou no atual Museu do Café, espaço que promove exposições sobre a trajetória do produto pelo Brasil e pela cidade e que é decorado com obras do artista Benedito Calixto.

Maior cidade do litoral paulista, durante todo o ano o turismo em Santos cresce em altos índices. O principal cartão postal do município são os 7 km de praia. O Livro dos Recordes situa os jardins da orla de Santos como formadores do maior jardim frontal de praia em extensão do mundo. A preservação e o cuidado com a flora do ambiente praiano santista, permeado de palmeiras e amendoeiras, são resultados de um trabalho em conjunto dos departamentos de meio-ambiente da região muitas vezes ligados à universidades ou à instituições biológicas. Em 2010, Santos contava com 419 757 habitantes, segundo o Censo 2010 do IBGE.

O PNUD 2000 posicionou a cidade de Santos em sexto lugar na Lista dos municípios brasileiros por IDH, e em terceiro lugar na Lista dos municípios de São Paulo por IDH. Santos é uma das cidades mais antigas do país e de grande valor histórico por acompanhar o crescimento e a evolução do Brasil em seus primeiros anos de colônia até os dias atuais, surgindo como um município de valor cosmopolita, portuário, ecológico e cultural


Confira vídeo Turismo em SANTOS




BREVE HISTÓRIA DE SANTOS

A ilha de São Vicente era chamada Goaió, que significa "lugar de fornecimento de provisões". Ali os viajantes encontravam índios amistosos, com os quais trocavam mercadorias por alimentos. A parte da ilha onde surgiria Santos ficou conhecida como Enguaguaçu, termo que corresponde a "enseada grande".

Não se conhece o ano exato do princípio da povoação. O certo é que o fundador de Santos, Brás Cubas, chegou de Portugal em 1532, com Martim Afonso de Souza, donatário da Capitania de São Vicente. Dele recebeu as terras de Jurubatuba e comprou as terras situadas no Enguaguaçu, onde já existia uma pequena igreja sobre o outeiro de Santa Catarina. Vizinho ao outeiro, Brás Cubas construiu sua casa.

Assim, Santos é um dos poucos municípios brasileiros que sabe exatamente seu local de fundação: o outeiro de Santa Catarina, no Centro. Na rocha ainda existente, uma placa indica como início da povoação a época de 1543.

Em 1541, Brás Cubas conseguiu a mudança do porto, que ficava na Ponta da Praia, na atual Ponte dos Práticos, para o outro lado da ilha, o lagamar de Enguaguaçu, hoje Centro da Cidade. Muitos consideram a transferência do porto como a verdadeira fundação de Santos. Outros apontam 1º de novembro de 1543 como a data histórica, quando foi instalado o primeiro hospital da América, a Santa Casa de Misericórdia de Todos os Santos, por iniciativa de Brás Cubas e que acabou originado o nome da cidade. Oficialmente, a fundação é comemorada como 1546.

Em 1546, Santos foi elevada à categoria de Vila e, em 26 de janeiro de 1839, passou a ser cidade. Desempenhou papel relevante na independência do País, tendo sido berço dos irmãos Andrada - José Bonifácio, Antônio Carlos e Martim Francisco - todos batalhadores pela causa separatista.

Na luta pela abolição da escravatura, abrigou milhares de escravos em quilombos na área continental, fugidos das fazendas de café do planalto paulista. O trabalho foi tão intenso que, três meses antes de a Lei Áurea ser promulgada, já não havia escravos na cidade. Posteriormente, a população participou da campanha pela República, organizando listas de assinaturas, comícios, movimentos.

A princípio constituída por portugueses, espanhóis, indígenas, negros e seus descendentes, no início do século XIX a população recebeu imigrantes europeus, na maioria portugueses, espanhóis, italianos (a família LEMELA chegou na cidade pouco antes dos anos cinquenta), sírios e libaneses, incorporados às atividades do porto cafeeiro e do comércio.

Na segunda metade do século XX, a população cresceu com a chegada de migrantes nordestinos, atraídos pelo mercado de trabalho do parque industrial de Cubatão, município vizinho. O movimento operário ganhou força por meio dos sindicatos dos portuários e dos trabalhadores da construção civil.


Confira video o MELHOR DE SANTOS



SANTOS, NA VISÃO DIVERTIDA DE UM SANTISTA:

Santos é a maior cidade do litoral paulista, porém Santos não fica no Brasil.
O Brasil fica em torno de Santos
. Oficialmente, é a capital da Baixada Santista e acredita ser o centro da civilização desta região, do hemisfério judaico-cristão-ocidental e quiçá, de todo o universo.

É uma cidade que emergiu das profundezas do Oceano Atlântico, cortada por vários rios artificiais, também chamados canias. Santos possui o maior porto da América Latina, e talvez de todo o universo!

Santos é um reino e possui o controle de fato de toda a macro-região da Baixada Santista, cujas cidades se encontram na categoria de colônias de Santos.

Pelé (foto com Robinho) acha que é o rei e os cidadãos acham que ele é só mais um idiota. Santos criou Pelé (na verdade, roubou de Três Corações), Robinho (na verdade, roubou de sua colônia, São Vicente), o Santos Futebol Clube, e a Dengue.

A cada três anos, há uma epidemia devastadora de dengue, que mata muitos dos habitantes de Santos.Isso acontece porque vários santistas da Zona Noroeste tem o péssimo hábito de ter Aedes Egypti como bichinhos de estimação.

É a única cidade que, em 5 minutos de carro na avenida da Praia, você conhece 6 nomes diferentes para a mesma avenida.

Junto com a colônia de São Vicente, forma a única Região Metropolitana do planeta, onde todos os ônibus têm escrito escrito “Circular” no letreiro, facilitando o vai-e-vem dos habitantes, que geralmente erram a condução que iam pegar. A administração local ainda não descobriu o porquê de tanta confusão no transporte.

POLÍTICA

Até poucos anos atrás a Igreja Católica era comandada pelo Papa João Paulo II, para não perder a oportunidade, de poucos anos para cá, Santos é comandada por um tal João Paulo Papa (foto). Mas, de certa forma, não interessa em quem o cidadão santista vota para prefeito, quem manda na cidade é um mafioso-empresário “a la Donald Trump”- empreiteiro português-russo-eslovaco de nome Armênio Mendes, dono de praticamente metade da cidade de Santos.

Também conhecido como Dom Armênio I, é o imperador-proprietário do Reino de Santos.

A outra metade dividi-se entre duas famílias: A família Teixeira ( dona do Bairro do Embaré, da Faculdade Santa Cecília, da TV Santa Cecília, da Rádio Santa Cecília, da Fábrica de Paçoquinha Santa Cecília e do Santos Futebol Clube ) e a Santini ( dona do Sistema A Tribuna, uma espécie de Globo Santista ).

Mas os supracitados potentados não passam de pó-de-traque quando comparados à figura majestática de Dom Armênio I e seu colossal poder econômico, maior que de muitos países.

Boatos confirmam que em breve, Dom Armênio I (foto) irá demolir toda o centro da cidade para fazer um enorme pesque-e-pague, um gigante parque aquático e um mega shopping. Conhecido como o “Lorenzo de Medici da Baixada”, Dom Armênio I costuma demarcar os seus domínios com horrendas esculturas e estátuas, sendo o “Polvo das Torres” a maior xpressão do já famoso senso estético do empreendedor lusitano, seguido da escultura pornográfica localizado no centro do shopping Praiamar: O Grande Polvo demarcando um conjunto de prédios onde o tema central é a Antiga Grécia.

Prova de seu poder na cidade está na construção do hipermercado Extra, quando o próprio conseguiu passar a perna em seu patrício, Abilio Diniz, na venda do terreno.

Sua suntuosa cobertura possui um ramal exclusivo do emissário submarino, que desemboca diretamente na Casa da Moeda.Tal providência fez-se necessária após a CETESB constatar que o rico português defeca dinheiro.


Confira vídeo Esportes na Cidade de SANTOS



PORTO

Santos possui o maior porto da América Latina. São praticamente 14km de extensão(e ai de quem duvidar disso)! Vários navios nacionais, internacionais, estrangeiros e do resto do mundo descarregam muitas muambas e africanos clandestinos na cidade. O Porto de Santos era bastante conhecido pela exportação de café e açúcar, há muito tempo atrás.

Como ninguém mais bebe café, muito menos com açúcar, iniciou-se a exportação de soja e bolovo.

Cubatão, aldeia indígena e colônia de Santos, é a maior fabricante de bolovo do país.
Isso ajuda demais a economia brasileira, já que a China é nossa maior compradora de bolovo. Deus sabe-se lá o que eles fazem com isso, porém supõe-se que o mesmo seja utilizado para alimentar os trabalhadores semi-escravos chineses e para o programa de armas quimicas do Exercito Chinês.

Também são exportadas pamonha, oriundas de Piracicaba, Queijo Minas de Porto Alegre, Queijadinhas de São Vicente e CD´s virgens, da Santa Efigênia. Alguns já vem até com a última versão do Windows, crackeado.

DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

Santos, por ser excluida do continente, criou sua propria moeda, o Mango (tanto para singular como para plural). Mas como Santos não tinha porra nenhuma nada pra fazer com aquele dinheiro senão limpar a bunda (não devido ao excesso de dinheiro, e sim porquê o dinheiro só era aceito lá), o Mango acabou por ser deixado de lado e o Real dominou geral. Atualmente os moradores chamam qualquer tipo de de dinheiro de Mango, ex: “2 Mango (Real); 2 Dólar-Mango (Dólar); 2 Euro-Mango (Euro); etc.

90% do PIB de Santos corresponde à conta corrente de Armênio. Os 10 % restantes correspondem às gorjetas pagas por ele a garçons, motoristas e carregadores de malas. O dinheiro das gorjetas circula pelo comércio e é responsável pelo andamento da economia santista.

MEIO AMBIENTE

Santos também é conhecida por ter o maior jardim à beira-mar do mundo, reconhecido pelo próprio Guinness Book. Não que alguém fora de Santos se importe, claro, até porque até hoje não descobriram quais cidades têm o segundo, o terceiro e o quarto maiores…

Em meados da década de 1980 houve uma proliferação de ratos no jardim. O saudoso prefeito (da época, claro imbecil) Imperador Justus teve a brilhante-fantastica-icomensurável-gloriosa-mediúnica e sintomática idéia de fazer a chamada “Operação Tom & Jerry” em ação: Tratava-se de jogar gatos vadios na orla da praia, pois gatos perseguem ratos. No entanto, os gatos se proliferaram (e cagavam na areia, proliferando o bicho-geográfico), e a prefeitura, para retirar os gatos da praia, resolveu jogar cachorros vadios na orla da praia.

Cogita-se atualmente jogar ursos e leões para exterminar os cachorros.


Confira vídeo de comemoração aniversário da cidade de SANTOS – quando comemorou 462 anos



TURISMO

Nos feriados e na temporada, Santos é invadida por turistas imundíssimos de São Paulo, do interior e até mesmo do Afeganistão. Esses turistas injetam dinheiro na economia da cidade (eles são assaltados pelos maloqueiros santistas), mas em contrapartida, sujam as praias, as ruas, as pessoas e compram todos os biquinis disponíveis.

Dos turistas oriundos de São Paulo e da Grande ABC (e do resto do alfabeto), podemos destacar que os piores são os moradores de Osasco, Cotia e Vila Brazilandia, da região Norte de Sampa. Essas pessoas costumam trocar as fraldas dos filhos em plena praia, trocar absorvente, trazem farofa, frango, canja em garrafa térmica, sanduiche de patê de atum no papel alumínio e todinho na garrafa de 600ml de coca-cola para o almoço e acham que a água do mar é um enorme banheiro e motel público cicarellesco.

A praia santista é um enorme palco de atividade física. Destaca-se a prática do Futebol de botão de areia, andar de bicicleta ou correr atrás da sua na Psiclovia (também conhecida pelo elegante nome de Baianos e Furiosos) ou jogar Tamboréu.

Por falar em Tamboréu, é um esporte criado em Santos – consiste em 2 ou 4 velhinhos rebaterem uma bolinha de tênis vagabunda com> um pandeiro de madeira revestido com couro de gato vadio. As regras são iguais ao Tênis, só que diferente. Ganha-se o jogo o idoso que não tiver um enfarto em quadra.

Quem gostar de apreciar as belezas marinhas, pode conferir a Laje de Santos também conhecida como Pedra da Feiticeira, é uma enorme pedra sem graça cheia de cocô de passarinho a mais ou menos 40 quilômetros do litoral santista.

Há rumores de serem vistos raros espécimes marinhos no local, como lambaris, polvos, sardinhas, o golfinho Flipper, moradores de São Vicente e hippies malditos que vão para lá fumar maconha ou tomar chá de champignon e cantar músicas do Legião Urbana.
Uma paisagem interessante de Santos é a Ilha Porchat – que, na verdade, fica em São Vicente, mas os santistas adoram mostrar pros parentes que vêm de fora como se fosse de Santos, mesmo.

Outra maravilha são os Bondes no centro da cidade, aonde o visitante tem uma linha ridícula para circular com o bonde, aonde somente vai ver: Casas históricas destruídas, casas históricas que viraram estacionamento, casas históricas que viraram cortiços, casas históricas que não estão mais lá e viraram prédios públicos, mendigos, guardadores de carros, prostitutas, o pastel do japonês na rua XV de novembro (aonde a moça que vai fazendo a narrativa dentro do bonde puxa o saco pra garantir um pástel de graça) e o bonito prédio da bolsa do café aonde o relógio (torre) esta quebrado fazem anos e o segundo andar esta caindo aos pedaços e ninguém arruma aquela bagaça.

Santos conta também com o Aquário Municipal, segundo ponto turístico mais visitado do estado. Nele você poderá ver incríveis espécies como, crianças melequentas, bebês chorões, pessoas com virose, e placas com informações sobre os peixes que você pagou R$ 5,00 para ver (os peixes em si ninguém jamais viu, ou sequer sabem se realmente existem, pois os aquários são bloqueados pelas cabeças das crianças melequentas).
Tudo isso em um ambiente fechado com climatização natural (bafo humano) para seu maior conforto (e também para você sair rápido de lá, dando lugar para novos trouxas turistas.

O Orquidário Municipal (foto) é um dos recantos mais tranqüilos de Santos composto por árvores centenárias de mais de cem anos da época de Dom Pedro I, sua proximidade com o emissário submarino faz com que as as plantas sejam adubadas diariamente através das partículas de gases gerados pela central de processamento de dejetos da região, tornando o local agradável como Rio Tietê. O local também é composto por várias espécies de trepadeiras, que normalmente afloram a noite principalmente dentro dos veículos que frequentam as ruas do local.

Outro ponto turístico famoso de Santos, criado por escultores portugueses que vieram para cá disfarçados de construtores de prédios, são os famosos Prédios Tortos da Praia. Os escultores portugueses quiseram superar os italianos pela famosa Torre Inclinada de Piza construindo não apenas uma torre, mas várias e espalhadas por toda a Orla da praia de forma que um dia ela chegará em seu sublime objetivo e novo recorde de Santos: o maior efeito dominó do mundo!


Confira video do SP TV DA RECORD sobre os bondes em SANTOS



CICLOVIA

Santos possui uma linda e grande ciclovia por toda extensão da praia e pela cidade.
Todos os dias milhares de velhinhos e pedestres são atropelados nessa ciclovia, tendo o maior índice de mortalidade ficando apenas atrás da dengue. Na ciclovia diariamente ocorre a famosa travessia Santos – São Vicente, mais popularmente conhecida como corrida dos pedreiros.

A corrida é muito bem organizada e duas categorias são disputadas: O pedreiro a chegar mais rápido em São Viselva e o pedreiro a carregar mais tralhas em uma bicicleta apenas ( pessoas contam nessa segunda categoria).

Andar na ciclovia na hora da travessia é comparado a ser mandado à guerra do Iraque ou visitar a Zona Noroeste à noite devido ao grande risco de morte ou desmembramento.
Uma outra grande atração da ciclovia são os famosos Funkeiros que passam em suas bicicletas ( roubadas, logicamente) cantando músicas de grande lirismo como o “Funk do Marapé” ou “Perdeu irmão, foi tomado” essa última sendo muito cantada pelo fato deles realmente tomarem sua bicicleta na ciclovia em si.

Autor do texto satírico: CAIO, de Santos (veja o texto completo em: http://blig.ig.com.br/tudotodoseoutros/2009/03/10/ode-a-santos/

Fonte: WIKIPÉDIA

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

SÃO PAULO, 458 ANOS

Não nasci em SÃO PAULO, porém depois de adulto foi a cidade que escolhi para viver e, agora, no seu aniversário de 458 anos no próximo dia 25, resolvi homenageá-la com essa postagem, para demonstrar todo o meu amor.

SÃO PAULO, além de capital do estado de SP, é centro financeiro, corporativo e mercantil da América Latina. Cidade mais populosa do Brasil, da América e de todo o Hemisfério Sul, é a cidade brasileira mais influente no cenário global, sendo considerada a 14ª cidade mais globalizada do planeta, recebendo a classificação de cidade global alfa, por parte do Globalization and World Cities Study Group & Network (GaWC).

A cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa influência nacional e internacional, seja do ponto de vista cultural, económico ou político. Conta com importantes monumentos, parques e museus, como o Memorial da América Latina, o Museu da Língua Portuguesa, o MASP, o Parque Ibirapuera, o Jardim Botânico de São Paulo e a avenida Paulista, e eventos de grande repercussão, como a Bienal Internacional de Arte, o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, São Paulo Fashion Week e a São Paulo Indy 300.

A cidade possui o 10º maior PIB do mundo, representando, isoladamente, 12,26% de todo o PIB brasileiro e 36% de toda a produção de bens e serviços do estado de São Paulo, sendo sede de 63% das multinacionais estabelecidas no Brasil, além de ter sido responsável por 28% de toda a produção científica nacional em 2005.

São Paulo é a sexta maior cidade do planeta e sua região metropolitana, com 19 223 897 habitantes, é a sexta maior aglomeração urbana do mundo. Regiões muito próximas a São Paulo são também regiões metropolitanas do estado, como Campinas e Baixada Santista; outras cidades próximas compreendem aglomerações urbanas em processo de conurbação, como São José dos Campos, Sorocaba e Jundiaí. A população total dessas áreas somada à da capital – o chamado Complexo Metropolitano Expandido – ultrapassa 29 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população do estado inteiro. As regiões metropolitanas de Campinas e de São Paulo já formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul, unindo 65 municípios que juntos abrigam 12% da população brasileira.

O lema da cidade, presente em seu brasão oficial, é constituído pela frase em latim "Non ducor, duco", cujo significado em português é "Não sou conduzido, conduzo"

Confira vídeo MAPAS - Homenagem da Rede Globo pelos 457 anos de São Paulo



CULTURA

São Paulo é considerada pólo cultural no Brasil, tendo-se consolidado como local de origem de toda uma série de movimentos artísticos e estéticos ao longo da história do século XX. Apesar de tradicionalmente rivalizar com o Rio de Janeiro o status de sede das principais instituições culturais do país, é em São Paulo que existe o maior mercado para a cultura, tendo hoje se consolidado como uma das principais capitais culturais do Brasil e da América Latina.

A cultura da cidade de São Paulo foi largamente influenciada pelos diversos grupos de imigrantes que aqui se estabeleceram, principalmente italianos.

São Paulo possui uma ampla rede de teatros, casas de show e espetáculo, bares e grandes eventos culturais como a Bienal de São Paulo e a Virada Cultural.

Instituições de ensino, museus e galerias de arte não raro empregam superlativos em suas descrições (sedia, por exemplo, a maior universidade pública do país - a Universidade de São Paulo - USP - a maior universidade privada - a Universidade Paulista - UNIP- e a maior casa de espetáculos do país, o Credicard Hall).


Confira vídeo POEMAS – Homenagem da Rede Globo pelos 457 anos de São Paulo



POPULAÇÃO

Segundo o censo de 2000 do IBGE, a população de São Paulo está composta por: brancos (68,0%), pardos (25,0%), pretos (5,1%), amarelos (2,0%) e indígenas (0,2%).

São Paulo é a cidade mais multicultural do Brasil e uma das mais diversas do mundo. Desde 1870, aproximadamente 2,3 milhões de imigrantes chegaram ao estado, vindos de todas as partes do mundo. Atualmente, é a cidade com as maiores populações de origens étnicas italiana, portuguesa, japonesa, espanhola e libanesa fora de seus países respectivos, e com o maior contigente de nordestinos fora do Nordeste.

A comunidade italiana é uma das mais fortes, marcando presença em toda a cidade. Dos dez milhões de habitantes de São Paulo, 60% (seis milhões de pessoas) possuem alguma ascendência italiana. São Paulo tem mais descendentes de italianos que qualquer outra cidade italiana (a maior cidade da Itália é Roma, com 2,5 milhões de habitantes). Ainda hoje, os italianos agrupam-se em bairros como o Bixiga, Brás e Mooca para promover comemorações e festas. No início do século XX, o italiano e seus dialetos eram tão falados quanto o português na cidade, o que gerou na formação do dialeto paulistano da atualidade. São Paulo é a segunda maior cidade consumidora de pizza do mundo. São seis mil pizzarias produzindo cerca de um milhão de pizzas por dia.

A comunidade portuguesa também é bastante numerosa, e estima-se que três milhões de paulistanos possuem alguma origem em Portugal. A colônia judaica representa mais de 60 mil pessoas em São Paulo e concentra-se principalmente em Higienópolis (presença maior) e no Bom Retiro (presença menor, atualmente). A partir do século XIX, e especialmente durante a primeira metade do século XX, São Paulo recebeu também imigrantes alemães (no atual bairro de Santo Amaro), espanhóis e lituanos (no bairro Vila Zelina). Podemos destacar também a importante comunidade armênia, com suas diversas instituições instaladas nas proximidades dos bairros Bom Retiro, próximo a Estação Armênia do Metrô, Imirim e Brás. Os armênios fizeram do comércio e da fabricação de calçados, suas principais atividades.

Confira vídeo CLIP – Homenagem da Rede Globo pelos 456 anos de São Paulo (ano passado)




POLUIÇÃO AMBIENTAL

A poluição do ar na cidade é intensa, devido principalmente à enorme quantidade de automóveis que circulam diariamente na cidade.

Além da poluição atmosférica a cidade sofre também com a poluição hídrica, concentrada em seus dois principais rios, o rio Tietê e o rio Pinheiros, que estão altamente poluídos. Atualmente o rio Tietê passa por um programa de despoluição que dura alguns anos. Como já ressaltado nos itens anteriores, o processo de expansão urbana nas últimas décadas aliou especulação imobiliária, esvaziamento das áreas centrais e precariedade nos novos loteamentos; desta forma, devido à dificuldade de aceder à terra urbana qualificada em áreas centrais, milhares de famílias viram-se obrigadas a ocuparem regiões ambientalmente frágeis - como as de mananciais. Com isto, também ocorre uma sobrevalorização do transporte individual sobre o transporte coletivo - levando à atual taxa de mais de um veículo para cada dois habitantes e agravando o problema da poluição ambiental.

O problema do abastecimento equilibrado de água para a cidade - e para a metrópole, de uma forma geral - também se configura como questão preocupante: São Paulo possui poucas fontes de água em seu próprio perímetro, tendo de buscá-la em bacias hidrográficas distantes. O problema da poluição da água também é agravado pela ocupação irregular das áreas de mananciais, ocasionada pela supracitada expansão urbana impulsionada pela dificuldade de acesso à terra e à moradia em áreas centrais por parte da população de baixa renda.


Fonte:
Wikipédia

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TRANSEXUALISMO, O QUE É?

Não gosto de “reality shows” e particularmente deploro o Big Brother Brasil, que considero um festival de mediocridade e futilidades. Porém, nesta 11ª edição, estava olhando com certo interesse a presença de uma transexual entre os seus componentes, por se tratar de uma novidade, tanto no programa, como nas nossas vidas, porque geralmente é um assunto desconhecido para todos aqueles que não convivem com alguém nessas condições.

ARIADNA THALIA, com 26 anos, a grande novidade do Big Brother Brasil deste ano, ganhou a triste liberdade na noite de terça-feira, 18. O motivo? A participante é uma cabeleireira transexual (a primeira), ex-garota de programa, desbocada e que, ao contrário do estereótipo LGBT alegre (um dos poucos atributos positivos que a mídia tende a dar aos coloridos), reclama da vida, tem olhar triste e faz questão de frisar as dificuldades que já vivenciou no Brasil (e na Itália).

Veja foto de ARIADNA antes e depois:


Resultado: rejeição da maior parte dos telespectadores. Sim, embora Ariadna não tenha sofrido preconceito dos participantes (que sequer sabem de sua trajetória trans), muita gente torceu o nariz por ela NÃO DIZER que é uma mulher transexual, por não corresponder ao estereótipo da barraqueira ou fofoqueira e por saber antecipadamente de seu passado (sofrido, mas visto como de vida fácil por muita gente).

Antes de manifestarmos opinião sobre ela, sugiro rápidas indagações para uma auto-reflexão sobre a pessoa trans e o armário: Por que alguém que lutou a vida inteira para conquistar uma identidade de mulher (e conseguiu de todas as maneiras; com cirurgia, documentação, saída de casa precoce, preconceito) deva falar de um passado masculino que, talvez, a assombre? Será que todos os participantes abrem seu coração de imediato para pessoas que até então são desconhecidas? Ariadna já provou extrema sinceridade e humildade ao revelar aos participantes que trabalhou com programas sexuais (o que certamente outras sisters já fizeram, mas negariam até a morte), será justo que ela seja obrigada a revelar todas as suas dores e alegrias em APENAS uma semana?

Alguma mulher genética (que nasceu com sexo biológico feminino) gostaria de ter sua identidade feminina colocada em xeque? Imagine então como isso é para alguém que lutou muito por tal identidade.

Ariadna incomoda. E não é pelo seu jeito. Ariadna incomoda principalmente porque existe. Porque a sociedade ainda não sabe lidar com as diferentes formas de persona que aparentam até contemporâneas (mas são antigas), com as identidades conquistadas, com a felicidade alheia, com o rompimento de questões que estão fixadas em pênis e vagina, pelo machismo e transfobia.

E como incomoda, é marginalizada, eliminada, deve ficar longe. É por isso que muitas travestis trabalham à margem da sociedade, como garotas de programa. Lá, estão dentro de um mundo que as aceita melhor porque é escondido, também marginalizado, onde encontram outras iguais discriminadas, onde "ninguém" quer ver, mas muitos pais de família sentem. O problema é que temos a tendência a ver e comentar apenas o resultado de todo o processo, esquecendo os meandros do meio e o preconceito que nós mesmos carregamos.

Para quem se assustou, a eliminação de Ariadna não é novidade na televisão. Basta lembrar-se da primeira travesti a participar de um reality show - a Bianca Soares da Casa dos Artistas 4, Protagonistas de Novela, em 2004: foi a primeira eliminada na primeira semana com mais de 70% dos votos. E até da participação da drag-transexual Nany People em A Fazenda: em sua primeira roça na quinta semana... tchau!

Ou seja, enquanto não começarmos a observar uma travesti, uma transexual, uma transgênero, como figura legítima, como mais uma manifestação do comportamento humano e de suas identidades - com características femininas e masculinas naturais, dificilmente teremos uma evolução no pensamento sobre quem está a frente das convenções sexuais, nos direitos básicos e universais de todos e até nas reais chances de uma participante transexual vencer um reality show da Globo.

Confira vídeo de chamada do BBB 11 apresentando ARIADNA



TRANSEXUAIS (TRAVESTIS) E A PROSTITUIÇÃO:

Os fenômenos da exploração sexual de menores e da prostituição infantil constituem temas de debate acalorados no âmbito do movimento social de travestis. As travestis militantes e as associações desaprovam qualquer prática de exploração sexual de menores e de prostituição infantil, trabalhando ativamente para desvincular as imagens das travestis e do movimento social destes fenômenos criminosos. Contudo, estas posições não levam em conta o fato de que a maior parte das travestis iniciam sua (trans)formação no período da adolescência, quando são legalmente menores.

Nestes processos, os territórios da prostituição constituem espaços fundamentais de aprendizagem do gênero e incorporação do feminino. Como os programas de combate a esta prática abarcam todas as pessoas que são legalmente menores, as travestis jovens também são alvo destas políticas. A força do estigma faz com que muitas travestis sejam expulsas de casa pela família ao iniciarem seus processos de (trans)formação corporal e do gênero. Estas, por sua vez, encontram no espaço da prostituição uma alternativa de existência legítima, de sobrevivência e sociabilidade. As ações de combate à exploração sexual de menores também dirigem-se às cafetinas, personagens ainda pouco estudadas e que têm papéis importantes no universo das travestis. As cafetinas em geral são travestis que mantém casas onde outras travestis habitam e que também muitas vezes exploram podem explorar o trabalho sexual delas, ao facilitar sua entrada ou oferecer segurança nos territórios de prostituição. As travestis adolescentes, muitas vezes, têm como único refúgio a casa de uma cafetina, que abriga-lhe, ensina-lhe os truques da profissão e colabora nos processos de (trans)formação corporal e do gênero.

Ambigüidades são parte integrante do universo das travestis. Elas experimentam a ambigüidade no próprio corpo e nos seus processos de constituição como sujeitos sociais. A questão da prostituição é ainda polêmica e divide opiniões no interior do movimento social organizado de travestis, além de ser um tema gerador de tensões nas relações com outros movimentos sociais, especialmente com o movimento de profissionais do sexo.

Politicamente, a autodeterminação das travestis não tem foco no trabalho sexual, estando mais centrada na legitimidade dos processos de construção do feminino e do gênero. A luta pela garantia dos direitos humanos das travestis levada a cabo pelo movimento social organizado inclui ainda discretamente as questões relativas ao trabalho sexual, embora nos últimos anos tenham passado a ganhar certo destaque. Atualmente, vários são os processos políticos e sociais que aproximam cada vez mais o movimento organizado de travestis do tema da prostituição. Com sua ambigüidade e versatilidade, as travestis também darão conta desta questão, abalando!

Confira vídeo Jornal da Record – Travestis, o desafio de largar as ruas e a prostituição



TRANSEXUALISMO E A MEDICINA:

Dr. Ney Cavalcanti, Professor de Endocrinologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Pernambuco. Ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) esclarece que a definição de transexual é de uma pessoa que deseja viver e ser aceito, como membro de um sexo diferente do que ele nasceu. O homossexualismo é caracterizado apenas pela atração erótica por pessoas do mesmo sexo. Apesar de ainda não acometer um grande número de pessoas, o transsexualismo vem aumentando de maneira significativa e importante.

Estes indivíduos, além de serem severamente discriminados pela sociedade, não recebem, na grande maioria das vezes, tratamento médico adequado, seja porque não procuram médicos por temor à discriminação, seja por desconhecimento dos profissionais de saúde sobre como tratar esses casos. Por conta disso, a Sociedade Americana de Endocrinologia, junto com várias outras entidades médicas, estabeleceu recentemente uma série de normas para o tratamento deste tipo de paciente.

As causas do surgimento de transexualismo são até hoje desconhecidas. Nenhuma pesquisa conseguiu descobrir uma anormalidade, seja hormonal, psicológica ou neurológica. Três tipos de especialistas devem ser envolvidos no tratamento. O primeiro é o profissional de saúde mental (psiquiatra ou psicólogo), a quem cabe estabelecer o diagnóstico. O endocrinologista é quem deve administrar os hormônios, que terão duas finalidades: bloquear aqueles do sexo atual, indesejado, e administrar os que vão produzir as modificações corporais que aproximem o paciente das características do novo sexo. Por fim, o cirurgião, a quem cabe completar, da melhor maneira possível, a transformação corporal e dos órgãos genitais.

Veja foto de ARIADNA sem as genitálias masculinas


As primeiras manifestações do transexualismo geralmente se iniciam durante a infância. Afirmação insistente do desejo de ser do outro sexo, preferência por roupas, atividades esportivas e de lazer próprias do outro sexo. Quando tais preferências são repetitivas, os pais deverão encaminhar a criança a um profissional de saúde mental, para acompanhamento. É importante ressaltar que o diagnóstico definitivo de transexualismo não deve ser feito nunca antes do início da puberdade. A razão é que mais de 50% de crianças, com este tipo de comportamento, pode modificar-se por ocasião da puberdade. Assim, mais da metade dos adolescentes volta a ser reintegrado a seu sexo original.

O endocrinologista deve ter contato com o paciente antes de sinais puberais surgirem. Ele espera que as primeiras modificações induzidas pelos hormônios sexuais apareçam. Tão logo as mamas comecem a se desenvolver, ou os testículos aumentarem de tamanho e se o desejo de mudança sexual persistir, ele deve intervir. Esta primeira intervenção, consiste e impedir que a puberdade prossiga, para evitar que as modificações corporais por ela induzidas aconteçam: aumento das mamas, do pênis, pêlos, voz, etc.

Caso este bloqueio não seja realizado, dificultará ainda mais a futura adaptação ao novo sexo. Esta intervenção deverá permanecer por longo período, como medida isolada. A etapa seguinte dever ser a de experiência real. O adolescente assumirá o comportamento do novo sexo em todas as suas atividades (roupas, comportamento), por um período de um ano. Caso o desejo de mudança persista, ao lado do bloqueio dos hormônios do sexo de nascimento, se iniciará a reposição dos hormônios do sexo desejado em torno dos 16 anos de idade. As doses devem ser idênticas às da reposição que se faz, naqueles doentes que têm déficit de hormônios sexuais.

Os casos descritos de complicações mais graves (câncer de mama), geralmente são aqueles decorrentes de automedicação por parte do transexual, quando doses exageradas de hormônio são utilizadas. O tratamento cirúrgico, quando desejado, só deverá ser feito pelo menos dois anos após início do tratamento hormonal. Além da correção das características indesejáveis do sexo original (mamas, pênis, pomo de adão, tonalidade da voz, etc.), obrigatoriamente tem que contemplar a retirada das gônadas (ovários ou testículos).

Um outro problema é a cirurgia para criação da nova genitália. Muito mais simples e menos onerosa, nos casos de transformação do homem para a mulher, do que o contrário.

Confira vídeo Travestis e transexuais, direito ao nome social



Fontes: http://www.ciudadaniasx.org/boletin-10-octubre-2010/boletines-anteriores/boletin-04-diciembre-2008/articulos-y-entrevistas-63/travestis-prostituicao-politica-e.html

Texto de Dr. Ney Cavalcanti, sobre transexualismo e medicina.

Texto de Neto Lucon é jornalista e autor do livro "Por um lugar ao Sol", que será lançado brevemente, sobre transexualismo.


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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

ENCHENTES DE JANEIRO NO MUNDO

O mundo todo está vendo estarrecido diversas enchentes no Globo Terrestre, provocadas por diversos motivos: Aquecimento Global, El Niño, La Niña, entre outros.

O Jornal Nacional de 13 de janeiro de 2011 destacou que o motivo das enchentes no Rio de Janeiro são áreas de convergências, vindas da Amazônia e provocadas pelo desmatamento.

As enchentes na região serrana do Rio de Janeiro já são o 6º maior desastre relacionados a chuvas nos últimos 12 meses, segundo um levantamento feito pelo Centro de Pesquisas de Epidemiologia dos Desastres (Cred). Segundo os dados da Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro, mais de setecentas pessoas já morreram em consequência das enchentes e deslizamentos provocados pela chuva desta quarta-feira na região e o número vem aumentando a todo instante. Mas como a procura por novos corpos vitimas de soterramento continuam, não há ainda números oficiais e finais.

Esse número de mortos também coloca a tragédia como o mais mortífero desastre natural no Brasil em pelo menos dez anos, de acordo com o levantamento.

O Cred, localizado em Bruxelas, na Bélgica, vem compilando dados sobre desastres em todo o mundo há mais de 30 anos.

De acordo com os dados da organização, as enchentes no Paquistão entre julho e agosto do ano passado, que deixaram 1.985 mortos, foram o desastre provocado por chuvas que provocou o maior número de vítimas fatais nos últimos 12 meses no mundo.

O segundo maior número de mortes em desastres do tipo no último ano foi registrado em Zhouqu, na província chinesa de Gansu, com um deslizamento de terra provocado pelas chuvas que deixou 1.765 pessoas mortas em agosto.

Também na China, em Fujian, na província de Sichuan, chuvas torrenciais entre maio e agosto deixaram 1.691 pessoas mortas em consequência das cheias e dos deslizamentos de terra.

Caso o número de mortos no Rio de Janeiro continue subindo, pode ultrapassar os totais do quarto e do quinto desastres com mais vítimas fatais no ano passado - entre fevereiro e março, 399 pessoas morreram em enchentes e deslizamentos em Nametsi, em Uganda, e 363 pessoas morreram em consequência das inundações provocadas pelas chuvas que atingiram a região de Guaranda, na Colômbia, na maior parte do segundo semestre do ano passado.

O total de mortos nas enchentes desta semana no Rio de Janeiro também ultrapassaram os maiores desastres no Brasil desde 2000 - as enchentes de abril do ano passado no Rio, que deixaram 256 mortos, as inundações de 2003 no Nordeste e no Sudeste, que mataram 161, e as enchentes de 2008 em Santa Catarina, que deixaram 151 mortos.

A enchente mais mortífera de que se tem notícia, segundo os registros do Cred, ocorreu na região central da China, em 1931, quanto 3,7 milhões de pessoas teriam morrido, segundo as estimativas.

Na última década, as enchentes de maio de 2004 no Haiti, com 2.600 mortos, foram as que deixaram o maior número de vítimas fatais.

Confira video JORNAL NACIONAL sobre enchentes regiões serranas do Rio



E NO RESTO DO MUNDO

Menos conhecido e menos frequente que o "El Niño", o "La Niña" é um fenômeno natural que resfria as águas do oceano Pacífico e produz mudanças na dinâmica atmosférica. Assim como o primeiro, também pode impor um padrão distinto de comportamento climático em todo o mundo.

O último episódio do "La Niña" atinge agora seu pico e, segundo estudiosos, pode se estender até o meio deste ano. Seus primeiros efeitos, avaliados como sendo de intensidade moderada a forte, começaram a ser percebidos em meados de 2010.
O fenômeno pode ser o responsável por inundações na Austrália e nas Filipinas, onde dez pessoas morreram desde o início deste mês.

As chuvas torrenciais que mataram centenas de pessoas na Venezuela e na Colômbia, em novembro e dezembro, também são reflexos do "La Niña". A inundação no Paquistão, em agosto do ano passado, encaixa-se nos efeitos do fenômeno.

Naquele país, os reflexos do "La Niña" foram particularmente ruins. Na região, o "La Niña" foi imediatamente seguido pelo "El Niño", que tende a deixar as temperaturas no oceano Índico mais altas que o normal.

O ar mais quente contém mais vapor de água e assim pode produzir mais chuva.
"Os padrões altos de precipitação do "La Niña", aliados ao calor após o "El Niño", ajudam a explicar por que as inundações no
Paquistão foram tão devastadoras", diz o especialista Kevin Trenberth, do Centro Americano para Pesquisa Atmosférica.

Mares mais quentes na Austrália também podem explicar a dimensão das atuais inundações.


Confira video JORNAL DA BAND sobre verão de contrastes na Austrália




Devido ao aquecimento das águas, as inundações, em associação ao "El Niño", devem se agravar em breve. E esses não são os únicos danos que o fenômeno pode causar. Nos próximos meses, a corrente "La Niña" pode fazer mais vítimas em outras partes do mundo.

De acordo com um estudo da Cruz Vermelha e do Instituto Internacional de Pesquisas de Clima e Sociedade, chuvas fortes podem ser esperadas no norte da América do Sul e no sudoeste da África nos próximos dois meses.

Em fevereiro de 2000, as enchentes devastadoras em Moçambique, na África, ocorreram exatamente quando o "La Niña" estava próximo do seu pico.

Fontes: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/860442-la-nina-explica-inundacoes-em-varios-paises-do-mundo.shtml

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,enchente-no-rio-ja-e-a-6-mais-fatal-dos-ultimos-12-meses-no-mundo,665633,0.htm

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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

APOMETRIA, O QUE É?

Na medida em que a humanidade evolui, os véus do desconhecido vão se descortinando e o conhecimento das leis espirituais, que antes era privilégio de poucos, vai sendo revelado abertamente aos pesquisadores isentos de preconceitos.

A utilização da APOMETRIA pode ser considerada como parte da evolução no tratamento espiritual, embora muitos espíritas e espiritualistas ainda não a aceitem ou a utilizem, talvez por falta de uma divulgação adequada e uma maior interação com o assunto.

A APOMETRIA é uma técnica que consiste no desdobramento espiritual (emancipação da alma, viagem astral ou projeção da consciência) por intermédio do comando da mente. "Representa o clássico desdobramento entre os componentes materiais somáticos do homem e sua constituição espiritual", de acordo com a definição do livro Apometria- Novos Horizontes da Medicina Espiritual, escrito pelo médico Vitor Ronaldo Costa e publicado pela Casa Editora O Clarim, em 1997 (vide foto abaixo).

Esse estado de emancipação da alma dá maior possibilidade ao médium de executar as tarefas assistenciais no plano espiritual, por poder expandir, dessa maneira, sua capacidade sensitiva, além de permitir que esteja no mesmo plano de atuação do desencarnado. Ao mesmo tempo, o paciente, que também fica em estado de emancipação, facilita seu atendimento. Isso ocorre porque no plano astral o campo energético, assim como os desequilíbrios, podem ser observados de uma forma mais ampla pela equipe tanto de trabalhadores encarnados como pelos espíritos benfeitores.

Porém, os estudiosos sérios alertam que não se trata de mediunismo e que deve ser utilizada por pessoas habilitadas, capazes e envolvidas em bons propósitos. "Tenhamos sempre em mente que a APOMETRIA é apenas um instrumento auxiliar de manuseio anímico-mediúnico, aplicado com a finalidade de facilitar o acesso do médium à intimidade energética do indivíduo enfermo", relata o médico e autor Vitor Ronaldo em seu livro. Ele complementa dizendo que a técnica da APOMETRIA, quando bem aplicada e sob a cobertura dos bons espíritos, realmente se destaca no diagnóstico de certeza e na condução da terapêutica mais indicada.

Confira vídeo - TV MUNDO MAIOR - APOMETRIA



A DESCOBERTA

Implantada pelo farmacêutico-bioquímico porto-riquenho dr. Luiz Rodrigues, recebeu primeiramente o nome de HIPNOMETRIA, mas foi fundamentada e desenvolvida cientificamente pelo médico gaúcho Dr.José Lacerda de Azevedo.
Dr. Lacerda nasceu em 12 de junho de 1919, em Porto Alegre. Cursou o Instituto de Belas Artes e depois se formou em medicina pela Universidade do Rio Grande de Sul, em 1950. Antes mesmo de tornar-se doutor, em 1947, casou-se com Yolanda da Cunha Lacerda, uma prima que só veio a conhecer na idade adulta e que se tornou mais tarde sua grande companheira de ideais.

Cientista e pesquisador nato, Dr. Lacerda sempre buscou respostas para o desconhecido e foi esse desafio que o impulsionou a fundamentar cientificamente a APOMETRIA.

Tudo começou no ano de 1965, quando o pesquisador Dr. Luiz Rodrigues visitou o Hospital Espírita de Porto Alegre, local onde o Dr. Lacerda participava de trabalhos de atendimento socorrista. O médico assistiu duas dessas sessões e ficou impressionado com as demonstrações de HIPNOMETRIA apresentadas pelo farmacêutico, que não se considerava espírita. Desde então, iniciou sérias investigações sobre o assunto. Resolveu fazer experiências e escolheu sua esposa, Yolanda, para dar início às investigações. Para tanto, cumpriu a metodologia preconizada pelo pesquisador porto-riquenho. Logo constatou a eficiência da técnica, embora tenha preferido adotar a expressão grega APOMETRIA. "APÓ" significa "além de" e "METRON" se refere à "medida" por julgar mais apropriado ao invés de HIPNOMETRIA, já que não havia a presença de sono durante a aplicação da técnica.

Confira video A VIDA CONTINUA – APOMETRIA (Parte 1)



Esse foi o ponto de partida para que o médico passasse a pesquisar o assunto cada vez mais, com o objetivo de socorrer os enfermos e implantar a terapêutica espiritual. Mas os estudos cresceram mesmo quando o Dr. Lacerda recebeu um convite do então presidente do Hospital Espírita de Porto Alegre, Conrado Ferrari, para assumir a Divisão de Pesquisas e levar em frente os experimentos APOMÉTRICOS. Para que o grupo pudesse intensificar os experimentos o trabalho foi implantado em uma casa, que inicialmente era designada para abrigar os próprios funcionários do hospital. Pelo fato da casa ser rodeada de flores e vegetação exuberante ficou conhecida como a Casa do Jardim.

Por muitos anos as pesquisas foram crescendo e se aprimorando, mas foi na década de 80 que os trabalhos de APOMETRIA se expandiram, principalmente na região sul do país. Em 1990 surgiu a idéia de um encontro de grupos de APOMETRIA e, em 1992, o projeto se concretizou. Criou-se a Sociedade Brasileira de Apometria, com o objetivo de promover o intercâmbio entre os grupos e difundir o conhecimento sobre a técnica.

Em decorrência do empenho em expandir o assunto, o médico gaúcho publicou dois livros: Espírito/Matéria - Novos Horizontes para a Medicina e Energia e Espírito. O primeiro está com a edição esgotada.

Dr. Lacerda desencarnou em 1997, porém o resultado de seu trabalho permanece.

Confira vídeo A VIDA CONTINUA – APOMETRIA (Parte 2)



A UTILIZAÇÃO

Por intermédio da projeção do perispírito, o médium pode ver e ouvir os espíritos, até mesmo trabalhar no resgate de espíritos sofredores. De acordo com Dr. Lacerda, no atendimento aos enfermos, por meio da projeção, coloca-se o médium em contato com as entidades médicas do plano espiritual. Simultaneamente, o mesmo procedimento é feito com o doente, o que possibilita o atendimento do corpo espiritual do enfermo pelos médicos desencarnados, assistidos pelos médiuns em projeção que relatam os fatos que estão ocorrendo durante o tratamento.

Também pode ser utilizada como técnica eficaz no tratamento das obsessões. Essa eficácia acontece em virtude dos espíritos protetores se encontrarem no mesmo plano dos assistidos, podendo agir com maior profundidade e mais rapidez.

Vale lembrar que a projeção do perispírito, tanto do médium quanto do enfermo é obtida por intermédio do emprego de um determinado número de impulsos magnéticos, semelhantes aos passes. Embora a APOMETRIA seja uma técnica bastante simples, sua aplicação exige cuidados especiais, como uma cobertura espiritual de nível elevado. Deve ser realizada por grupos de trabalho constituídos para essa finalidade, com atividades regulares como qualquer outro grupo dedicado aos trabalhos de caridade, além da harmonia entre os componentes da equipe.

A APOMETRIA tem sido utilizada por muitos grupos como técnica eficiente em auxiliar nos processos obsessivos, já que em geral, as perturbações espirituais decorrem da ação de obsessores. Os espíritos obsessores – na verdade, espíritos infelizes – são afastados, recolhidos e conduzidos para hospitais espirituais, de acordo com seu padrão vibratório. O estado de emancipação da alma possibilita que os médiuns possam observar melhor as ligações obsessivas, as áreas do organismo perispiritual atingidas, entre outros fatores.

Isso torna o tratamento muito mais completo por possibilitar o atendimento tanto do paciente quanto dos espíritos perturbadores que o acompanham. Na maioria das vezes, o enfermo nada registra, a não ser em casos de pessoas com maior sensibilidade.

Confira vídeo A VIDA CONTINUA – APOMETRIA (Parte 3)



TRATAMENTO INTEGRAL

Chegará um tempo em que a medicina tratará o Homem de forma integral, unindo os tratamentos físico e espiritual realizados por médicos encarnados e desencarnados. Mesmo porque, a maioria das doenças se inicia no perispírito e depois se manifesta no corpo físico.

Segundo relatos de pesquisadores e de grupos que utilizam a metodologia, independente de religião ou credo, sua aplicação adequada poderá cada vez mais ajudar a expandir o campo da medicina integral. E quanto mais conhecida essa técnica, mais auxiliará os espíritas nos trabalhos de desobsessão e atendimentos espirituais. Paralelamente, novos horizontes se abrirão quando a medicina reconhecer a existência do espírito e que uma infinidade de enfermidades que se manifestam na atualidade podem ter sido causadas no corpo perispiritual em existência passada.

Fonte: http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=18&Itemid=25

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

RENATO RUSSO, SAUDADES DE VOCÊ!

Renato Manfredini Júnior, mais conhecido como RENATO RUSSO, nasceu no dia 27 de março de 1960 na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Aos quatro anos, ganhou um disco dos Beatles, que era uma de suas bandas preferidas, ao lado de Rolling Stones, Sex Pistols e The Clash. Aos sete anos, se muda para os Estados Unidos, por causa de uma transferência de seu pai (funcionário do Banco do Brasil) para Nova Iorque, onde aprende a falar inglês. Aos onze anos, uma nova transferência de seu pai o leva até Brasília, uma cidade importantíssima em sua história.

Por volta de 1975, surge o movimento punk nos Estados Unidos, que se caracterizava por um rock simples, de poucos acordes, sem muitos solos de guitarras, características do heavy metal. Após se recuperar de uma doença que o levou ficar quase dois anos na cama, Renato Russo descobre esse movimento em Brasília.

Numa das festinhas organizadas por uma turma que gostava do punk, Renato Russo conhece André Pretorius, com quem decide formar uma banda. E com Renato nos vocais e no baixo, André na guitarra e Fé Lemos (Capital Inicial) na bateria, formou-se o Aborto Elétrico, primeira banda de Renato Russo. Foi nessa época que várias músicas do repertório da Legião Urbana e do Capital Inicial foram criadas, como Que País é este (Legião Urbana) e Veraneio Vascaína (Capital Inicial).

Confira vídeo do JORNAL NACIONAL – ESPECIAL RENATO RUSSO (Parte 1)



Depois de várias formações, o Aborto Elétrico se desfez por causa da música Química, feita por Renato. Quando Renato mostrou a música para Fé, este disse que a música era horrível e teria dito para Renato que este perdera a habilidade para fazer músicas.

Após a separação do Aborto Elétrico, que durou apenas três anos (1979-1982), Renato Russo decide tocar sozinho, fazendo shows acompanhado de um violão de 12 cordas, intitulando-se “O Trovador Solitário”. Dessa época, nascem músicas com um estilo mais folk, como Faroeste Caboclo, Eduardo e Mônica, Dado Viciado, Música Urbana dois , entre outras.

Cansado de tocar sozinho, Renato Russo convida Marcelo Bonfá para formar uma banda. O nome escolhido é Legião Urbana. Com Renato nos vocais e no baixo e Marcelo na bateria, era necessário um guitarrista para que o trio fosse formado.

Com isso, Eduardo Paraná, um conceituado guitarrista de Brasília é convidado por Renato para entrar na banda e junto com ele entra também o tecladista Paulo Paulista. Porém, estes dois rapidamente saem da banda, já que impunham um estilo muito pesado na banda, o que incomodava Renato e Bonfá.

Ico Ouro-Preto é convidado para ser o guitarrista e consegue um melhor resultado, mas acaba saindo em um mês. Dizia a lenda que ele morria de medo dos palcos.

Após quase desistirem, Bonfá e Renato decidem convidar Dado Villa-Lobos, nada menos do que sobrinho neto de Heitor Villa-Lobos, para assumir o posto de guitarrista da banda. Com o trio formado, a banda precisava de novas músicas, já que tinham shows marcados. Então, decidem tocar hardcore, música fácil, com energia contagiante e de poucos acordes. Desse tempo, surgem Petróleo do Futuro, Teorema e Perdidos no Espaço, entre outras.

Nessa mesma época, os Paralamas do Sucesso estavam fazendo muito sucesso e Bi Ribeiro (baixista dessa banda e ex-aluno de inglês de Renato) consegue uma oportunidade para o Legião: gravar um disco pela EMI, conceituada gravadora no mundo todo. Com este fato, Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá sempre consideram os Paralamas como seus padrinhos.

Tudo estava indo bem, até que Renato Russo tenta suicídio depois de uma briga com a gravadora por causa dos arranjos da música Geração Coca-Cola. Ele cortou seus próprios pulsos ficando incapacitado de tocar baixo. Com isso, a gravadora coloca Renato Rocha (Negrete) no baixo, deixando Renato livre para os vocais.

Em janeiro de 1985 é lançado o disco “Legião Urbana”. A EMI estava receosa quanto ao sucesso do grupo, porém, após seis meses de congelamento (graças ao Rock In Rio, que a Legião não participou) o disco começa a chamar a atenção. Músicas como Será, Ainda é Cedo e Geração Coca-Cola fazem sucesso com grandes níveis de audiência. Será é eleita por uma revista a melhor música do ano, A Legião é considerada a melhor banda e Renato o melhor cantor.

No final desse mesmo ano, a banda entra em estúdio para gravar o disco “Dois”, que deveria ser duplo e se chamar “Mitologia e Intuição”. Mas, receosa, a EMI se recusa a laçar um disco duplo para uma banda tão nova como era a Legião.

Este disco torna-se rapidamente um grande sucesso e é considerado por muitos um dos maiores discos de rock nacional na história. Músicas como Tempo Perdido, Índios, Metrópole e Quase Sem Querer se tornam hits. Mas o maior sucesso deste disco e um dos maiores sucessos da Legião foi Eduardo e Mônica, uma música que conta a história de dois jovens que se apaixonam apesar dos estilos diferentes de vida.

Mas, com o sucesso, também veio os problemas. Em dezembro de 1986, num show em Brasília, um quebra-quebra faz uma menina morrer e 20 pessoas se ferirem. Este fato marcou a característica da banda de fazer poucos shows.

No final de 1987, é lançado o disco “Que País é Este 1978/1987”, que traz várias músicas da época do Aborto Elétrico e mostra como a banda mudou o seu estilo de música.

Confira vídeo do JORNAL NACIONAL – ESPECIAL RENATO RUSSO (Parte 2)




Músicas como Que País é Este, Eu Sei e Angra dos Reis fazem bastante sucesso. Porém, a música que se destaca nesse disco é Faroeste Caboclo. Uma música de nove minutos, que conta a história de João de Santo Cristo, que se associa ao povo brasileiro. Esta música com certeza foi a música de maior sucesso da Legião Urbana, e foi composta em apenas duas tardes por Renato Russo. Esta música é uma espécie de hino da Legião Urbana.

Mas, novamente num show em Brasília, mais precisamente no estádio Mane Garrincha, uma organização pífia faz centenas de feridos e três mortos. Um louco chegou a subir no palco e agarrar Renato Russo. O show foi interrompido e o que se via era uma imensa confusão no público. Renato Rocha e Marcelo Bonfá choravam no camarim e Renato Russo gritava: “Não vim aqui para dar show para animais”, apesar dos políticos nem terem ido ao show, entretanto.

Este fato foi muito marcante na história da banda, que depois desse dia, nunca mais fez shows em Brasília, e diminuiu bastante sua quantidade de shows.

Logo depois, Renato Rocha saiu da banda, já que não conseguia cumprir os compromissos com ensaios.

Em 1989, é lançado um disco histórico: “As Quatro Estações”. Todas as músicas (Há Tempos, Pais e Filhos, Feedback Song For a Dying Friend, Quando o Sol Bater na Janela do Teu Quarto, Eu Era um Lobisomem Juvenil, 1965 (Duas Tribos), Monte Castelo, Maurício, Meninos e Meninas, Sete Cidades e Se Fiquei Esperando o Meu Amor Passar) fazem sucesso. Este disco é o de maior vendagem da banda, com quase dois milhões de cópias vendidas. Dentre essas 11 músicas, sem dúvida o destaque é Pais e Filhos, que faz grande sucesso, se transformando num dos maiores sucessos da Legião.

Em 1990, ocorre uma grande mudança na banda. Renato Russo assume publicamente ser homossexual e descobre ser portador do vírus da AIDS. Renato também conhece a maior paixão de sua vida, o americano Scott, que o vicia em heroína.

Com Renato afundado no vício, em dezembro de 1991 é lançado o mais belo disco da Legião Urbana: “V” mostra todas essas mudanças na vida de Renato, com músicas falando de drogas. Teatro dos Vampiros e O Mundo anda tão Complicado viram hits. Mas duas músicas desse disco podem ser destacadas: a primeira é Metal Contra As Nuvens, uma belíssima música de onze minutos e meio que usa palavras difíceis que mostra um Renato Russo mais poeta. O outro destaque é Vento no Litoral, a mais bela música romântica da Legião Urbana, que foi o maior sucesso deste disco e que foi feita para Scott, quando este voltou para sua terra natal.

Renato Russo estava tão afundado no vício, que, durante a turnê deste disco, quando a Legião estava excursionando pelo nordeste, alguns shows tiveram que ser desmarcados, já que Renato estava caindo de bêbado e com fortes tendências suicidas.

Em 1992, é lançado o disco duplo “Música Para Acampamentos”, que mostram as músicas da Legião tocadas ao vivo, algumas acústicas, alguns covers internacionais e apenas uma música inédita: A Canção do Senhor da Guerra se torna grande sucesso. Fábrica se torna hit também.

Em 1993, Renato Russo se interna uma clínica e se livra do vício das drogas e da bebida. Essa mudança pode ser notada no disco “O Descobrimento do Brasil”, que fala de esperança e é sem dúvida, o disco mais alegre da Legião. Músicas como Vinte e Nove e Vamos Fazer Um Filme se tornam hits. Mas pode-se destacar, assim como no disco anterior, duas músicas: Giz, que, além de ter se tornado um hit, era a música preferida de Renato Russo (ele dizia que a música era completinha), e Perfeição, que ganhou um vídeo-clipe num ambiente muito parecido com a capa do disco (cheia de flores), e por ser o maior sucesso do disco.

Em 1994 a Legião resolve dar um tempo. Com isso, Renato Russo lança, nesse mesmo ano, o seu primeiro disco solo, o “The Stonewall Celebretion Concert”, um disco totalmente em inglês. The Stonewall era um bar nos Estados Unidos onde aconteceu um levante gay em 1970. Esse álbum continha músicas de Madonna, Bob Dylan, entre outros.

Em 1995, é lançado o disco “Equilíbrio Distante”, que trazia músicas em italiano. Nesse disco, Renato Russo canta muito bem, emplacando sucessos como Strani Amori, La Solitudine e La Forza Della Vita. Segundo o próprio Renato, esse disco foi feito em homenagem à sua família, de origem italiana.

Confira video MULTISHOW - RENATO RUSSO E LEGIÃO AO VIVO – SERÁ



O FIM DE TUDO

1996 é um triste ano. A partir de janeiro, a Legião começa as gravações de seu novo álbum. Junto com isso, começam as complicações emocionais de Renato, que estavam presentes nas músicas desse álbum. Em setembro, apressadamente é lançado “A Tempestade” ou “O Livro dos Dias”. Este disco é o mais triste da Legião e emplacou sucessos como Dezesseis e A Via Láctea, em que Renato Russo praticamente se despede dos fãs.

Fraco e com 20 quilos abaixo do peso, Renato falece em 11 de outubro de 1996, de complicações da AIDS. Esse dia, sem dúvida, é um dos dias mais tristes da história da música nacional. Dez dias depois, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá anunciam o fim da Legião Urbana.

Fonte: http://whiplash.net/materias/biografias/038862-renatorusso.html (por Leandro de Mattos Colares)

CAVALEIROS TEMPLÁRIOS, QUEM FORAM?


A ORDEM DOS POBRES CAVALEIROS DE CRISTO E DO TEMPLO DE SALOMÃO (em latim "Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici"), mais conhecida como ORDEM DOS TEMPLÁRIOS, ORDEM DO TEMPLO (em francês "Ordre du Temple" ou "Les Templiers") ou CAVALEIROS TEMPLÁRIOS (algumas vezes chamados de: Cavaleiros de Cristo, Cavaleiros do Templo, Pobres Cavaleiros, etc). Foi uma das mais famosas Ordens Militares de Cavalaria. A organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista.

Os seus membros fizeram voto de pobreza e castidade para se tornarem monges e tal como os padres católicos nos dias de hoje, praticavam a sodomia entre eles. Usavam seus característicos mantos brancos com a cruz vermelha de malta, e seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros. Em decorrência do local de sua sede (a mesquita Al-Aqsa no cume do monte onde existira o Templo de Salomão em Jerusalém) e do voto de pobreza e da fé em Cristo surgiu o nome "Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão".

O sucesso dos Templários esteve vinculado ao das Cruzadas. Quando a Terra Santa foi perdida, o apoio à Ordem reduziu-se. Rumores acerca da cerimónia de iniciação secreta dos Templários criaram desconfianças, e o rei Felipe IV de França profundamente endividado com a Ordem, começou a pressionar o Papa Clemente V a tomar medidas contra eles. Em 1307, muitos dos membros da Ordem em França foram detidos e queimados em estacas. Em 1312, o Papa Clemente dissolveu a Ordem. O súbito desaparecimento da maior parte da infra-estrutura europeia da Ordem deu origem a especulações e lendas, que mantém o nome dos Templários vivo até os dias atuais.


Confira vídeo do JORNAL DA GLOBO sobre os TEMPLÁRIOS



HISTÓRIA

A Ordem foi fundada por Hugo de Payens, com o apoio de mais 8 cavaleiros e do novo rei de Jerusalém de nome Balduíno II, após a Primeira Cruzada em 1118 com a finalidade de proteger os peregrinos que tentassem chegar em Jerusalém, porém eram vítimas de ladrões, e a Terra Santa dos ataques dos muçulmanos mantendo os reinos cristãos que as Cruzadas haviam fundado no Oriente.

Oficialmente aprovada pela Igreja Católica por meio do papa Honório II em torno de 1128, ganhando isenções e privilégios, dentre estes, o lider teria o direito de se comunicar diretamente com o papa. A Ordem tornou-se uma das favoritas da caridade em toda a cristandade e cresceu rapidamente tanto em membros quanto em poder. Estavam entre as mais qualificadas unidades de combate nas Cruzadas e os membros não-combatentes da Ordem geriam uma vasta infra-estrutura econômica, inovando em técnicas financeiras que constituíam o embrião de um sistema bancário e erguendo muitas fortificações por toda a Europa e a Terra Santa.

A regra dessa ordem religiosa de monges guerreiros (militar) foi escrita por São Bernardo. A sua divisa foi extraída do livro dos Salmos: "Non nobis Domine, non nobis, sed nomine Tuo ad gloriam" (Sl. 115,1) que significa "Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai a glória".

O seu crescimento vertiginoso, ao mesmo tempo que ganhava grande prestígio na Europa, deveu-se ao grande fervor religioso e à sua incrível força militar. Os Papas guardaram a ordem acolhendo-a sob sua imediata proteção, excluindo qualquer intervenção de qualquer outra jurisdição fosse ela secular ou episcopal. Não foram menos importantes também os benefícios temporais que tal Ordem recebeu dos Soberanos da Europa.

A primeira sede dos Cavaleiros Templários, a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, o Monte do Templo. Os Cruzados chamaram-lhe de o Templo de Salomão, como ele foi construído em cima das ruínas do Templo original e foi a partir desse local que os cavaleiros tomaram seu nome de Templários.

As Cruzadas foram guerras proclamadas pelo papa, em nome de Deus, e travadas como se fossem uma iniciativa do próprio Cristo para a recuperação da propriedade cristã ou em defesa da Cristandade. A Primeira Cruzada foi pregada pelo papa Urbano II, no Concílio de Clermont, em 1095. A sua justificativa tinha como fundamento a recuperação da herança de Cristo, restabelecer o domínio da Terra Santa e a protecção dos cristãos contra o avanço dos veneradores do Islã. Esta dupla causa foi comum a todas as outras expedições contra as terras pertencentes aos reinos de Alá e, desde o princípio, deram-lhes o caráter de peregrinações.


As cruzadas tomaram Antioquia (1098) e Jerusalém (1099), estabelecendo o principado de Antioquia, o condado de Edessa e Trípoli, e o Reino Latino de Jerusalém, os quais sobreviveram até 1291. A esta seguiram-se a Segunda Cruzada, (1145-48) e a Terceira, (1188-92) no decorrer da qual, Chipre caiu sob domínio latino, sendo governada por europeus ocidentais até 1571. A Quarta Cruzada (1202- 04) desviou-se do seu curso, atacou e saqueou Constantinopla (Bizâncio), estabelecendo domínio latino na Grécia. A Quinta Cruzada (1217- 21) foi a primeira do rei Luís IX da França. Contudo, houve também um grande número de empreendimentos menores (1254 -91), e foram estes que se converteram na forma mais popular de cruzada.


O poder da Ordem tornou-se tão grande que, em 1139 , o papa Inocêncio II emitiu um documento declarando que os templários não deviam obediência a nenhum poder secular ou eclesiástico, apenas ao próprio papa.

Um contemporâneo (Jacques de Vitry) descreve os Templários como "leões de guerra e cordeiros no lar; rudes cavaleiros no campo de batalha, monges piedosos na capela; temidos pelos inimigos de Cristo, a suavidade para com Seus amigos".

Levando uma forma de vida austera não tinham medo de morrer para defender os cristãos que iam em peregrinação a Terra Santa. Como exército nunca foram muito numerosos, aproximadamente não passavam de 400 cavaleiros em Jerusalém, no auge da Ordem, mesmo assim foram conhecidos como o terror dos maometanos. Quando presos rechaçavam com desprezo a liberdade oferecida a preço de apostatarem (negação da Fé cristã).


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CRESCIMENTO DA ORDEM E A PERDA DA SUA MISSÃO

Com o passar do tempo a ordem ficou riquíssima e muito poderosa: receberam várias doações de terras na Europa, ganharam enorme poder político, militar e econômico, o que acabou permitindo estabelecer uma rede de grande influência no continente.

Também começaram a ser admitidas na ordem, devido à necessidade de contingente, pessoas que não atendiam aos critérios que eram levados em conta no início. Logo, o fervor cristão, a vida austera e a vontade de defender os cristãos da morte deixaram de ser as motivações principais dos cavaleiros templários.

A RIQUEZA DA ORDEM ATRAI A COBIÇA DO ESTADO E DA IGREJA CATÓLICA

Felipe IV, o Belo (foto abaixo), de França pensou em apropriar-se dos bens dos Templários, e por isso havia posto em andamento uma estratégia de descrédito, acusando-os de heresia e sodomia.

A ordem de prisão foi redigida em 14 de Setembro de 1307, no dia da exaltação da Santa Cruz, e no dia 13 de Outubro de 1307 (uma sexta-feira) o rei obrigou o comparecimento de todos os templários da França. Os templários foram encarcerados em masmorras e submetidos a torturas para se declararem culpados de heresia e sodomia, no pergaminho redigido após a investigação dos interrogatórios, no Castelo de Chinon, no qual Filipe IV de França (Felipe, o Belo), influenciado por Guilherme de Nogaret havia prendido ilicitamente o último grão-mestre do Templo e alguns altos dignitários da Ordem.

O Pergaminho de Chinon atesta que o Papa Clemente V, absolveu os templários, das acusações de heresia, evidenciando, assim, que a queda histórica da Ordem deu-se por causa da perda de sua missão e de razões de oportunismo político.

Da perda de sua missão caracterizada não mais por uma vida austera, como no inicio da ordem, se aproveitou Felipe, o Belo, para se apoderar dos bens da Ordem, acusando-a de ter se corrompido. Ele encarcerou os Superiores dos Templários, e, depois de um processo iníquo, os fez queimar vivos, pois obtivera deles confissões sob tortura, que depois foram consideradas nulas pelas leis da Igreja e da Inquisição, bem como pelos Concílio de Vienne (França) em 1311 e Concílio regional de Narbona (França) em 1243.

DA SENTENÇA DO PAPA CLEMENTE V AOS NOSSOS DIAS

O chamado "Pergaminho de Chinon" ao declarar que Clemente V absolveu a Ordem das acusações de heresia, e que deu a absolvição ao último grã-mestre, Jacques de Molay, e aos demais cavaleiros, suscitou a reação da monarquia francesa, de tal forma que obrigou o papa Clemente V à uma discussão ambígua, sancionada em 1312, durante o Concílio de Vienne, pela bula Vox in excelso, a qual declarava que o processo não havia comprovado a acusação de heresia.

Após a descoberta nos Arquivos do Vaticano, da ata de Chinon, assinada por quatro cardeais, declarando a inocência dos Templários, sete séculos após o processo, o mesmo foi recordado em uma cerimónia realizada no Vaticano, a 25 de outubro de 2007, na Sala Vecchia do Sínodo, na presença de Monsenhor Raffaele Farina, arquivista bibliotecário da Santa Igreja Romana, de Monsenhor Sergio Pagano, prefeito do Arquivo Secreto do Vaticano, de Marco Maiorino, oficial do Arquivo, de Franco Cardini, medievalista, de Valerio Manfred, arqueólogo e escritor, e da escritora Barbara Frale, descobridora do pergaminho e autora do livro "Os templários".



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A destruição da Ordem do Templo propiciou ao rei francês não apenas os tesouros imensos da Ordem (que estabelecera o início do sistema bancário), mas também a eliminação do exército da Igreja, o que o tornava senhor e rei absoluto, na França.
Nos demais países a riqueza da ordem ficou com a Igreja Católica.

Na sua pira, De Molay teria desafiado o rei e o Papa a encontrá-lo novamente diante do julgamento de Deus antes que aquele ano terminasse - apesar deste desafio não constar em relatos modernos da sua execução. Felipe, o Belo, e Clemente V de fato morreram ainda no ano de 1314. Esta série de eventos formam a base de "Les Rois Maudits" ("Os Reis Malditos"), uma série de livros históricos de Maurice Druon. Ironicamente, Luís XVI de França (executado em 1793) era um descendente de Felipe O Belo e de sua neta, Joana II de Navarra.

Afirma-se ainda que, quando a cabeça do rei caiu na cesta da guilhotina, um homem não identificado se aproximou, mergulhou a mão no sangue do monarca, sacudindo-a no ar e gritou: "Jacques de Molay, fostes vingado!

A ORDEM DO TEMPLO E A HISTORIOGRAFIA

O fato de nunca ter havido uma oportunidade de acesso aos documentos originais dos julgamentos contra os templários motivou o surgimento de muitos livros e filmes, com grande repercussão pública, porém, sem nenhum embasamento histórico. Por este mesmo motivo, muitas sociedades secretas, como a Maçonaria, se proclamam "herdeiras" dos templários.

A obra, publicada pela Biblioteca Vaticana: "Processus contra templários", restaura a verdade histórica sobre Os Cavaleiros da Ordem do Templo, conhecidos como templários, cuja existência e posterior desaparecimento foram motivo de numerosas especulações e lendas.

Os Pergaminho de Chinon são relativos ao processo contra os templários, realizados sob o pontificado do Papa Clemente V, cujos originais são conservados no Arquivo Secreto do Vaticano. O principal valor da publicação reside na perfeita reprodução dos documentos originais do citado processo e nos textos críticos que acompanham o volume; explicam como e por que o pontífice Clemente V absolveu os Templários da acusação de heresia e suspendeu a Ordem sem dissolvê-la, reintegrando os altos dignitários Templários e a própria Ordem na comunhão da Igreja.


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A destruição do arquivo central dos Templários (que estava na Ilha de Chipre) em 1571 pelos otomanos, tornou-se o principal motivo da pequena quantidade de informações disponíveis e da quantidade enorme de lendas e versões sobre sua história. Os Templários tornaram-se, assim, associados a lendas sobre segredos e mistérios, e mais rumores foram adicionados nos romances de ficção populares, como Ivanhoe, O Pêndulo de Foucault, e O Código Da Vinci, filmes modernos, tais como "A Lenda do Tesouro Perdido" e "Indiana Jones e a Última Cruzada", bem como jogos de vídeo, como Broken Sword e Assassin's Creed.

Uma das versões faz ligação entre os Templários e uma das mais influentes e famosas sociedades secretas, a Maçonaria.

Historiadores acreditam na separação dos Templários quando a perseguição na França foi declarada. Um dos lugares prováveis para refúgio teria sido a Escócia. Onde apenas dois Templários haviam sido presos e ambos eram ingleses. Embora os cavaleiros estivessem em território seguro, sempre havia o medo de serem descobertos e considerados novamente como traidores. Por isso teriam se valido de seus conhecimentos da arquitetura sagrada e assumiram um novo disfarce para fazerem parte da maçonaria (texto do livro Sociedades Secretas - Templários, editora Universo dos Livros).

Para reforçar essa tese há o fato de várias catedrais e construções góticas apresentarem uma variedade de figuras místicas gravadas nas paredes nos templos maçons que lembram símbolos usados pelos Templários.

Muitas das lendas dos Templários estão relacionadas com a ocupação precoce pela Ordem do Monte do Templo em Jerusalém e da especulação sobre as relíquias que os templários podem ter encontrado lá, como o Santo Graal ou a Arca da Aliança. No entanto, nos extensos documentos da inquisição dos Templários nunca houve uma única menção de qualquer coisa como uma relíquia do Graal, e muito menos a sua posse, por parte dos Templários. Na realidade, a maioria dos estudiosos concorda que a história do Graal era apenas isso, uma ficção que começou a circular na época medieval.

O tema das relíquias também surgiram durante a Inquisição dos Templários, como documentos diversos dos julgamento referem-se a a adoração de um ídolo de algum tipo, referido em alguns casos, um gato, uma cabeça barbada, ou, em alguns casos, a Baphomet. Essa acusação de idolatria contra os templários também levou à crença moderna por alguns de que os templários praticavam bruxaria, além da sodomia (homossexualismo).

Além de possuir riquezas (ainda hoje procuradas) e uma enorme quantidade de terras na Europa, a Ordem dos Templários possuía uma grande esquadra. Os cavaleiros, além de temidos guerreiros em terra, eram também exímios navegadores e utilizavam sua frota para deslocamentos e negócios com várias nações. Devido ao grande número de membros da Ordem, apenas uma parte dos cavaleiros foram aprisionados (a maioria franceses). Os cavaleiros de outras nacionalidades não foram aprisionados e isso os possibilitou refugiar-se em outros países. Segundo alguns historiadores, alguns cavaleiros foram para Escócia, Suiça, Portugal e até mais distante, usando seus navios. Muitos deles mudaram seus nomes e se instalaram em países diferentes, para evitar uma perseguição do rei e da Igreja.

O desaparecimento da esquadra é outro grande mistério. No dia seguinte ao aprisionamento do cavaleiros franceses, toda a esquadra zarpou durante a noite, desaparecendo sem deixar registros. Por essa mesma data, o Rei Português D. Dinis nomeava o primeiro almirante Português de que há memória, apesar de Portugal não ter armada; por outro lado, D. Dinis evitava entregar os bens dos Templários à Igreja e consegue criar uma nova Ordem de Cristo com base na Ordem Templária, adotando para símbolo uma adaptação da cruz orbicular Templária; levantando a dúvida de que planeava apoderar-se da armada Templária para si. Todas as caravelas portuguesas tinham nas suas velas o simbolo dos templários, a cruz, comprovando com certeza a tese que o domínio dos mares e as grandes navegações portuguesas se originaram com o exílio de alguns templários em Portugal, que inclusive financiaram as incursões no Atlântico, atingindo as Indias e o Brasil.

Um dado interessante relativo aos cavaleiros que teriam se dirigido para Suiça, é que antes desta época não há registros de existência do famoso sistema bancário daquele país. Até hoje utilizado e também discutido. Como é sabido, no auge de sua formação, os cavaleiros da Ordem desenvolveram um sistema de empréstimos, linhas de crédito, depósitos de riquezas que na sua época já se assemelhava bastante aos bancos de hoje. É possível que foram os cavaleiros que se refugiaram na Suiça que implantaram o sistema bancário no lugar e que até hoje é a principal atividade do país.

Fonte: Wikipédia