quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

HOMOFOBIA, ATÉ QUANDO?

A cidade mais populosa e cosmopolita do país e palco da considerada maior Parada Gay do Mundo, vem sendo atingida por reincidentes notícias de ataques violentos a homossexuais, causados sempre pela HOMOFOBIA, embora há muito tempo tramite no congresso projeto de lei para punir esse tipo de crime, que não consegue votação por impedimento da bancada católica e evangélica.

Um serviço de denúncias ajudou a Prefeitura de São Paulo a traçar um mapa das agressões provocadas pela homofobia na capital paulista. Entre os principais dados apurados, está a proximidade entre agressores e vítimas: em 54% dos casos os autores das agressões conhecem os alvos. Em 16% dos casos são da própria família, e em 38% são conhecidos, colegas de trabalho ou vizinhos.

Ao todo, 50% das agressões físicas registradas aconteceram no centro expandido, que inclui a Avenida Paulista. A maioria das agressões é contra homens homossexuais de 25 a 39 anos de idade. Depois, 19% na região Leste; 16% na região Sul; 9% na Zona Norte; e 6% na Oeste.

A HOMOFOBIA define o ódio, o preconceito, a repugnância que algumas pessoas nutrem contra os homossexuais. Aqueles que abrigam em sua mente esta fobia ainda não definiram completamente sua identidade sexual, o que gera dúvidas, angústias e uma certa revolta, que são transferidas para os que professam essa preferência sexual. Muitas vezes isso ocorre no inconsciente destes indivíduos.

Para reafirmar sua sexualidade e como um mecanismo instintivo de defesa contra qualquer possibilidade de desenvolver um sentimento diferente por pessoas do mesmo sexo, os sujeitos tornam-se agressivos e podem até mesmo cometer assassinatos para se preservarem de qualquer risco. Muitas vezes, porém, a homofobia parte do próprio homossexual, como um processo de negação de sua sexualidade, às vezes apenas nos primeiros momentos, outras de uma forma persistente, quando o indivíduo chega a contrair matrimônio com uma mulher e a formar uma família, sem jamais assumir sua homossexualidade. Quando este mecanismo se torna consciente, pode ser elaborado através de uma terapia, que trabalha os conceitos e valores destes indivíduos com relação à opção homossexual.

Confira video da Campanha contra HOMOFOBIA



O termo homofobia foi empregado inicialmente em 1971, pelo psicólogo George Weinberg. Esta palavra, de origem grega, remete a um medo irracional do homossexualismo, com uma conotação profunda de repulsa, total aversão, mesmo sem motivo aparente. Trata-se de uma questão enraizada ao racismo e a todo tipo de preconceito. Este medo passa pelo problema da identificação grupal, ou seja, os homófobos conformam suas crenças às da maioria e se opõem radicalmente aos que não se alinham com esses papéis tradicionais que eles desempenham na sociedade, ainda que apenas na aparência.


Alguns assimilam a homofobia a um tipo de xenofobia, o terror de tudo que é diferente. Mas esta concepção não é bem aceita, porque o medo do estranho não é a única fonte em que os opositores dos homossexuais bebem, pois há também causas culturais, religiosas – principalmente crenças cristãs (católicas, protestantes), judias ou muçulmanas -, políticas, ideológicas – grupos de extrema-esquerda e de extrema direita -, e outras que se entrelaçam igualmente no preconceito. Geralmente os fundamentalismos não cedem espaço ao homossexualismo. Há, porém, dentro dos grupos citados, aqueles que defendem e apóiam os direitos dos homossexuais. Dentro das normas legais, também há variantes, ou seja, há leis que entre casais do mesmo sexo e casais do sexo oposto se diversificam. E, por mais estranho que pareça, em pleno século XXI, alguns países aplicam até mesmo a pena de morte contra homossexuais.

Confira video Foda-se Brasileiro à Homofobia (Fuck You - Lily Allen) - Brasil




O homófobo pode reagir perante os homossexuais com calúnias, insultos verbais, gestos, ou com um convívio social baseado na antipatia e nas ironias, modos mais disfarçados de se atingir o alvo, sem correr o risco de ser processado, pois fica difícil nestes casos provar que houve um ato de homofobia. Alguns movimentos são realizados em código, compartilhados no mundo inteiro pelos adversários dos homossexuais, tais como assobios, alguns cantos e bater palmas.

(texto parcial de Ana Lucia Santana no link indicado nesta postagem)

Portugal

De acordo com o artigo 240 do novo Código Penal português, em vigor desde 15 de setembro de 2007, qualquer forma de discriminação com base em orientação sexual (seja ela sobre homossexuais, heterossexuais ou bissexuais) é crime. Da mesma forma são criminalizados grupos ou organizações que se dediquem a essa discriminação assim como as pessoas que incitem a mesma em documentos impressos ou na Internet. E esta lei aplica-se igualmente a outras formas de discriminação como religiosa ou racial. Além disso, o artigo 132, II, "f", do novo Código Penal, define como circunstância agravante o homicídio qualificado por motivo de ódio, inclusive no tocante à orientação sexual.


Confira video da Campanha contra HOMOFOBIA em Portugal



Fontes: Wikipédia
http://www.infoescola.com/psicologia/homofobia/


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18/05/10 – PORTUGAL aprova casamento Gay
03/06/10 – PARADA GAY, palanque ou carnaval?
12/07/10 – PEDOFILIA, um crime brutal
15/07/10 – A AIDS e novas perspectivas mundiais
28/07/10 – PROSTITUIÇÃO MASCULINA

Um comentário:

  1. É incrível que, em pleno séc.XXI, ainda assistimos a atos que pertencem a Idade Média! Sou homessexual. Apesar de nunca ter sido agredido fisicamente, já senti, por diversas vezes, o preconceito existente na sociedade: Olhares enviesados, risinhos maliciosos, convites para festas familiares não efetivados, etc...Hoje, com o amadurecimento, passo por cima desses problemas rasteiros. Porém, não foi fácil chegar até tal fase! Sugiro aos que sofrem com tais problemas que procurem ajuda psicológica. Afirmo que funciona. Sou adepto há vinte anos, e pretendo continuar por mais vinte...trinta...etc...
    Abraços,
    Michel Scheir.

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