sábado, 17 de julho de 2010

MUDANÇAS CLIMÁTICAS, UMA NOVA REALIDADE (PARTE I)

O que está acontecendo no Brasil e no mundo a cada ano que passa? Por que o nosso país enfrenta um frio tão rigoroso, que há décadas não acontecia ? Por que a Europa enfrenta um verão tão rigoroso, lembrando o do nosso Brasil ?

Enquanto no Sul do Brasil as temperaturas ficam abaixo de zero, na Russia, na Itália, na Suiça e muitos outros paises da Europa, enfrentam um calor tropical de quase 40 graus. Morrem brasileiros e seus animais de frio e europeus de calor, por não estarem acostumados a essas temperaturas.

Por que as chuvas tem vindo com tanta intensidade, causando enchentes horríveis em todo canto do país ? Ciclones e terremotos no mundo todo ?

Por que áreas que nunca sofreram com secas, hoje lembram as ocorridas no nordeste brasileiro no passado ?

Desde a criação, a Terra sempre esteve em constantes mudanças de temperatura, em ciclos de milhares de anos de aquecimento e glaciação causados por fenômenos naturais. A partir da Revolução Industrial, o planeta passou a enfrentar uma nova realidade: a mudança de temperatura causada pelo homem através da poluição. Este problema começou a ser sentido nos microclimas, com o aumento da temperatura nos grandes centros urbanos e mais recentemente no macroclima, com o aumento do nível do mar, uma ameaça em escala global que pode causar escassez de alimentos e graves problemas sociais.

Para especialistas, essas ocorrências têm relação com a mudança de clima que vem ocorrendo em todo o mundo, sendo que as causas têm um componente natural, além da influência do homem. De acordo com dados divulgados no Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão ligado às Organizações das Nações Unidas, a temperatura média hoje da Terra é de 14° C, sendo que nos próximos 100 anos poderá aumentar entre 1,4° C e 5,8° C. Isso significa a elevação da temperatura para algo entre 15,4° C e 19,8° C.


Confira vídeo da TV Globo sobre Mudanças Climáticas a nova realidade




De acordo com o técnico em mudanças climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Adriano Santhiago, o efeito estufa é um fenômeno natural, mas há atividades que têm contribuído de maneira significativa para o aumento dos efeitos na Terra. “A emissão de gás carbônico proveniente do setor energético tem contribuído com 75% das emissões de gases efeito estufa no mundo”, alertou. Os outros 25% da emissão de gás carbônico são provenientes do setor de transporte, do uso da terra e floresta, com destaque para a agricultura e o desmatamento.

Santhiago explicou que embora o fenômeno seja global, as conseqüências são locais, como a perda de produtividade agrícola em algumas regiões e alterações na precipitação de chuvas, como está ocorrendo, por exemplo, no Distrito Federal. Mas nem sempre a mudança climática é criticada. Recentemente a Rússia declarou que o País terá benefícios no momento em que as temperaturas aumentarem, o que poderá ajudar na produção agrícola. Para Adriano Santhiago, isso realmente pode acontecer, mas “os efeitos negativos ainda se sobrepõem”, afirmou.

Outro fenômeno que poderá provocar desastres é a elevação dos níveis do mar e dos rios. O Relatório do IPCC aponta uma elevação entre 9 centímetros e 88 centímetros no nível dos mares. Um dos primeiros impactos prováveis poderá acontecer ainda nesse século com o desaparecimento de Tuvalu, um país que fica numa ilha no Oceano Pacífico, onde moram 11 mil habitantes. A elevação dos mares preocupa também países mais desenvolvidos como a Holanda, na Europa.

Confira vídeo do Jornal da Band sobre natureza em fúria




Para Santhiago, além da influência do micro clima, e do componente natural não há como descartar a ação do homem no fenômeno de aquecimento do globo, como assim desejam apontar alguns países. “Há indícios fortíssimos para se afirmar que as mudanças climáticas têm intervenção do homem”.

E enquanto isso, os governos do mundo todo, inclusive do Brasil, vão empurrando com a barriga as alternativas possíveis de se fazer alguma coisa para atenuar todas essas catástrofes e principalmente com as medidas necessárias, que não fazem alegando que no momento poderiam prejudicar a economia dos países. Mas o que fazer com todas as populações que sofrem, morrem e perde tudo o que possuem com essas calamidades naturais, causadas pela mudança climática?


É possível deter as mudanças climáticas. Entretanto, é urgente que a sociedade, governos e empresas tomem atitudes nos próximos 5 anos. Após esse período, talvez seja tarde demais para iniciar o processo de transição sustentável capaz de impedir um aquecimento global maior que 2ºC.

Se você gostou dessa postagem, leia também:

21/08/10 - Mudanças Climáticas, uma nova realidade (parte 2)
13/08/10 - Malditas queimadas no Brasil
04/08/10 - Lixo nas praias e no mar
09/08/10 - A desertificação no Brasil e no mundo



Saiba mais:

http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/

Wikipédia

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